Gerenciar os conflitos é tarefa do gerente de projetos (GP), mas nem sempre é possível resolver todas as desavenças, pois algumas situações podem fugir de sua alçada.
Imagine que você seja o GP de um pequeno projeto para automação comercial de uma loja e que o consultor de implantação alocado para esse projeto e o gerente da loja já se conheciam antes do projeto, apresentando desavenças pessoais de longa data. Entretanto, não é possível substituir nenhum de seus respectivos papéis sem afetar escopo, prazos e custo – e o patrocinador do projeto já determinou que “eles que se entendam”.
Qual técnica para resolução de conflitos deve ser usada nesse cenário?
A. Acomodação.
B. Conciliação.
C. Afastamento.
D. Direcionamento.
E. Confrontamento.
Respostas
Resposta:
C. Afastamento
Explicação:
As ações de acomodar, conciliar, direcionar e confrontar se aplicam bem a conflitos relacionados ao projeto, mas o cenário exposto apresenta desavença de natureza pessoal e não vinculada ao projeto, e nenhuma dessas quatro técnicas é pertinente a esse tipo de situação.
Portanto, o gerente de projetos deve se afastar desse tipo de conflito – sendo a melhor técnica para esse caso, uma vez que nenhuma das outras é aplicável. Trata-se de uma situação de alto risco, e, portanto, qualquer intervenção malsucedida pode agravar o conflito pessoal e torná-lo um problema profissional. Nesse caso, adotar postura passiva e focar na gestão das tarefas laborais de cada um é a melhor ação a ser tomada na gestão do conflito.
Além disso, acomodar só é viável quando existem pontos comuns para a resolução do conflito; já conciliar os dois não é pertinente porque os benefícios profissionais desse projeto não serão suficientes para cessar o conflito pessoal. Direcionar só é possível para conflitos nos quais o gerente de projetos tem alçada/poder de influência ou até de decisão, e confrontar não faz sentido porque o gerente e o consultor já têm embates anteriores. Isso apenas agravaria o problema, pois o confronto só é saudável para o projeto se a motivação são divergências nas soluções discutidas para o projeto, e não nas relações interpessoais mal resolvidas.