Respostas
Resposta:
A Coreia do Sul apresentou alto e rápido crescimento econômico entre os anos 1960 e 1980, associado a um upgrading em seu parque industrial e forte inserção no comércio internacional. Três correntes teóricas têm destaque na interpretação dos motivos que levaram a Coreia ao sucesso: 1) os autores do mainstream economics, defensores dos princípios de mercado; 2) a corrente heterodoxa endogenista que defende o papel do Estado como elemento central; 3) a terceira linha defende que o cenário externo é o principal motivo para o sucesso da Coreia. Neste artigo, desdobra-se uma hipótese central da Escola da Unicamp, defendendo a hipótese de que o avanço da economia coreana com profunda transformação estrutural e upgrading em seu comércio exterior foi possível em um contexto externo inicialmente favorável, em decorrência de um conjunto de características históricas que a diferenciaram de outras economias de industrialização tardia nos aspectos da política interna
Explicação:
Sendo o 10º entre os países com maior poder econômico do mundo e o 4º na Ásia em 2021, a Coreia do Sul ficou famosa por seu crescimento espetacular de um dos países mais pobres do mundo para um país desenvolvido com alta renda em apenas uma geração. Durante a crise financeira de 2007 a 2008, o país manteve uma economia estável e até mesmo experimentou um crescimento econômico durante o pico da crise. No entanto, a economia sul-coreana está indo em direção a um dos piores períodos de crescimento de dois anos em mais de meio século, atingida pela desaceleração econômica da China, pelas incertezas sobre a guerra comercial entre Pequim e Washington e pelos efeitos provocados pela pandemia da COVID-19. O investimento estagnado e o fracasso em espalhar o "boom" do setor de chips para outras indústrias limitaram o crescimento econômico a cerca de 2% em 2019 contra -1,9% em 2020. De acordo com as últimas projeções do FMI, de outubro de 2020, espera-se que as projeções de crescimento do PIB são de 3,1% em 2021 e 2,9% em 2022, sujeito à recuperação econômica global pós-pandemia.