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Fernando Gabeira conheceu São João del Rei, em Minas Gerais, quando foi cobrir o enterro de Tancredo Neves em 1985. Nessa ocasião, se impressionou com sinos do lugar. Gabeira voltou à cidade para conversar com padres, intelectuais e sineiros para ver se os sinos continuam sendo tão importantes, e para conhecer de perto as tradições que giram em torno desse ícone cultural e religioso. Durante a visita, constatou que São João del Rei ainda é “a cidade onde os sinos falam”, e observou também que essa tradição influencia a musicalidade da cidade e seus habitantes.
Após conversar com padres, intelectuais e sineiros, Gabeira percebeu que a tradição dos sinos em São João del Rei continua sendo passada de pai para filho. No entanto, há problemas. Um deles é a indiferença. E também há problema da recuperação dos sinos. Na Espanha e Portugal, eles são recuperados por pessoas especializadas. Em São João del Rei, faz se um novo sino que dificilmente tem o mesmo som do antigo.
São João del Rei tem 30 igrejas. O encontro dos sineiros é uma batalha de sons, criatividade e muita força, uma espécie de duelo de sinos. Esses combates viraram tema de documentário. Os sinos não são ameaçados apenas pela indiferença, mas como tantas outras atividades podem ser atropelados pela revolução digital. Em muitos lugares, já foram substituídos. Correm o risco de terem o mesmo destino dos trens que hoje são mostrados num museu na estação de São João del Rei. Podem ser vistos e fotografados, mas já não apitam mais nas curvas, exceto na viagem turística para Tiradentes.
Explicação:
TA AI BOA TARDE PARA VC :)