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A expansão territorial de Esparta sobre toda a Lacônia e sobre a Messênia, além de ter transformado o território espartano no maior sob o domínio de uma pólis, também contribuiu para moldar a hierarquia social da cidade de Esparta. Durante a expansão, uma série de populações foram subjugadas e colocadas sob o domínio espartano.
Essas populações foram colocadas em condição de escravidão e acabaram formando a classe dos hilotas. Os hilotas eram a classe mais baixa da sociedade espartana, que vivia nas terras dos aristocratas da cidade e tinha de cultivá-las para sobreviver. Uma parte do que era produzido pelos hilotas ficava com os esparciatas, aqueles considerados cidadãos.
Os hilotas eram o grupo mais numeroso da sociedade espartana e, por isso, eram colocados sob regime de terror, pois os esparciatas utilizavam-se frequentemente da violência para manter os hilotas produzindo e para impedir que eles se rebelassem contra a escravidão. A revolta dos hilotas era um temor real da aristocracia espartana, uma vez que só a exploração desse grupo é que garantia o estilo de vida dela.
Os esparciatas, por sua vez, eram a classe dos cidadãos espartanos. Eles formavam a aristocracia em Esparta e somente eles tinham direito de participar da política na cidade. Os esparciatas chamavam a si mesmos de homoioi, que significa “iguais”, e acredita-se que, no auge da cidade de Esparta, eles corresponderam a, no máximo, nove mil pessoas.
Os esparciatas eram o corpo de elite do exército de Esparta, pois dedicavam toda a sua vida ao treinamento militar. Esse treinamento iniciava-se aos sete anos de idade e seguia durante toda a vida, o que fazia dos soldados espartanos os melhores e os mais disciplinados de toda a Grécia. É exatamente por isso que os esparciatas mantinham um controle rígido sobre os hilotas.
O estilo de vida deles, dedicado exclusivamente ao treinamento militar e à política, dependia da exploração do trabalho de alguém para produzir alimentos e a riqueza necessária para seu sustento. Cada esparciata tinha direito a um lote de terra chamado de kleroi, e, como dito, o cultivo dessa terra era feito pelos hilotas.
Por fim, uma classe intermediária na sociedade espartana era a dos periecos. Ela era formada por homens livres que não tinham direito a envolver-se com a política da cidade. Os periecos, basicamente, eram o grupo que, durante a expansão espartana, não se tornou cidadão, mas também não foi subjugado como escravo (como ocorreu com os hilotas).
Os periecos tinham liberdade de locomoção, diferentemente dos hilotas, e trabalhavam em diferentes ofícios como comerciantes, ferreiros, produtores de armas para as tropas espartanas e em outras atividades econômicas não realizadas pelos esparciatas. Os periecos, assim como os hilotas, poderiam fazer parte do exército, caso fossem convocados.
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