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Frederico II da Prússia: No final de seu reinado, Frederico conectou fisicamente a maior parte de seu reino adquirindo territórios poloneses na Primeira Partição da Polônia. Ele era um influente teórico militar cuja análise emergiu de sua extensa experiência no campo de batalha pessoal e abordou questões de estratégia, tática, mobilidade e logística. Considerando-se "o primeiro servo do estado", Frederico foi um defensor do absolutismo iluminado. Ele modernizou a burocracia prussiana e o serviço público além de adotar políticas religiosas em todo o seu domínio, que variaram da tolerância à segregação. Ele reformou o sistema judicial e tornou possível que homens sem status nobre se tornassem juízes e burocratas seniores. Frederico também incentivou imigrantes de várias nacionalidades e credos a virem para a Prússia, embora tenha adotado medidas opressivas contra súditos católicos poloneses na Prússia Ocidental. Frederico apoiou artistas e filósofos, além de permitir total liberdade de imprensa e literatura.
José II da Áustria: Entre as primeiras reformas que empreendeu encontra-se a centralização administrativa do império através da supressão dos órgãos colegiais e da criação de uma chancelaria com vastos poderes. Na economia, José II praticou políticas próximas do colbertismo. Procedeu-se a um cadastro das terras, construiu-se uma rede de estradas e fomentaram-se as indústrias, sobretudo na Boêmia. Através do Édito de Tolerância de 1781, concedeu a liberdade de culto a todos os cristãos, embora os protestantes não obtivessem todos os direitos. Os judeus deixaram de ser obrigados de trazer sinais distintivos nas roupas e puderam frequentar as universidades. No campo da diplomacia fez uma aliança com Catarina II da Rússia contra os turcos, mas José fracassou nos intentos de os derrotar. Apesar de muito apegado ao catolicismo, não hesitou em colocar a Igreja sob sua autoridade, exercendo uma política religiosa autônoma de Roma que ficou conhecida por josefismo. Suprimiu as ordens contemplativas e vendeu os bens destas em proveito das obras assistenciais (1781), fez com que os clérigos seculares se tornassem funcionários civis e instituiu seminários estatais. Limitou o culto das relíquias, os feriados e as peregrinações. Na área social, José II aboliu a servidão (novembro de 1781) e a tortura (1785). Fundou novos hospitais, asilos e orfanatos. A educação passou a ser encarada como responsabilidade do Estado, tendo sido decretado em 1773 o ensino primário obrigatório. O alemão tornou-se língua obrigatória no império em 1784. As suas reformas viriam a provocar descontentamento entre os nobres da Hungria e entre o clero, pelo que José teve que recuar em alguns aspectos. A orientação centralizadora que imprimiu ao Estado provocou a revolta dos Países Baixos Austríacos. O seu sucessor, o seu irmão Leopoldo II, viria mesmo a abandonar muitas dessas reformas.
Catarina II da Rússia: Catarina II passou para a história como "déspota esclarecida". Correspondia-se com alguns dos filósofos mais notáveis da época, como os franceses Voltaire e Diderot. Para mostrar-se esclarecida iniciou reformando a obsoleta administração e estimulando a agricultura e o comércio. Reorganizou o exército, tudo com o apoio da nobreza, à qual concedia muitos privilégios. Catarina convocou um congresso, representado por mais de seiscentos deputados, entre os quais havia representantes da nobreza, das cidades e do campo. As discussões orientadas por ela deveriam chegar à elaboração de um programa para suprir as necessidades das diversas regiões russas. Após se reunirem por dois anos, entre 1766 e 1768, os deputados se separam sem nada terem feito. Catarina agiu sozinha. Logo após a dissolução desse congresso, publicou decreto no qual repartia o território russo em 44 províncias subdivididas em distritos. Cada distrito passou a ter uma assembleia de nobres, classe proprietária de terras, que gozava de maiores privilégios. Os atos de Catarina, em benefício dos nobres, aumentaram o descontentamento dos camponeses. Apoiados e liderados pelos cossacos, os camponeses uniram-se e avançaram em direção a Moscou e colecionaram várias vitórias. Mas, nas imediações da capital, foram massacrados pelo exército de Catarina. Seu líder o cassaco Pugachev foi condizido a Moscou numa jaula e ali decapitado em 1774. Em 1785, Catarina II promulgou a "Carta da Nobreza", na qual abolia os impostos dos nobres (instituídos em 1720 por Pedro, o Grande) e ampliava seus poderes. Para não provocar mais revoltas, Catarina tomou algumas medidas em benefício do povo. Construiu asilos, hospitais, hospícios e maternidades. Com isso serenava os ânimos dos descontentes. O clero também foi atingido pelos atos da Czarina. Ela secularizou algumas propriedades eclesiásticas, em proveito do Estado e tomou a seu cargo a manutenção de igrejas e conventos.