4. “No filme estadunidense “Joker”, estrelado por Joaquin Phoenix, é retratado a vida de Arthur Fleck, um homem que, em virtude de sua doença mental, é esquecido e discriminado pela sociedade, inclusive, piora no seu quadro clínico. Assim como na obra cinematográfica abordada, observa-se que, na conjuntura brasileira contemporânea, devido a conceitos preconceituosos perpetuados ao longo da história humana, há um estigma relacionado aos transtornos mentais, uma vez que os indivíduos que sofrem dessas condições são marginalizados. Ademais, é preciso salientar, ainda, que a sociedade atual carece de informações a respeito de tal assunto, o que gera um estranhamento em torno da questão.” Dada esta introdução, marque a alternativa cujo desenvolvimento 2 argumenta, explica e exemplifica o que foi dito na introdução. * 1 ponto
A) “Em segundo lugar, ressalta-se que há, no Brasil, uma evidente falta de informações sobre os transtornos mentais, fomentando grande preconceito e estranhamento com essas doenças. Nesse sentido, é lícito referenciar o filósofo grego Platão, que, em sua obra “A República”, narrou o intitulado “Mito da Caverna”, no qual homens, acorrentados em uma caverna, viam somente sombras na parede, acreditando, portanto, que aquilo era a realidade das coisas. Dessa forma, é notório que, em situação análoga à metáfora abordada, os brasileiros, sem acesso aos conhecimentos acerca dos transtornos mentais, vivem na escuridão, isto é, ignorância, disseminando atitudes preconceituosas. Logo, é evidente a grande importância das informações, haja vista que a falta delas aumenta o estigma relacionado às doenças mentais, prejudicando a qualidade de vida das pessoas que sofrem com tais transtornos.”
B) “Segundamente, a vergonha indevida sobre sua condição impede que pessoas busquem tratamento adequado. Dessa forma, o governo falha com sua obrigação em garantir o direito à saúde para sua população – amparado pelo Artigo sexto da Constituição Federal -, visto que não promove políticas públicas suficientes que desmistifiquem o estigma em torno das doenças mentais e que ofereçam suporte médico adequado à essa parcela da população.”
C) “Outrossim, analisando mais profundamente percebe-se as graves consequências dessa prática preconceituosa. Hoje, sabe-se que há programas de apoio às pessoas que apresentam doenças mentais. Contudo, esses as tratam de forma isolada, acarretando na exclusão social. De acordo com a Organização Mundial da Saúde(OMS), a depressão é a segunda causa de afastamento no trabalho, a acrescentar com a exclusão que já vivem e os comportamentos julgadores da sociedade, torna mais difícil o processo de ressocialização. Também, essa privação ocasiona sentimentos de solidão, medo e diferença, ou seja, não há sentimento de pertencimento.”
D) “Outrossim, vale ressaltar como a indiferença governamental fomenta a questão. Segundo o sociólogo Gilberto Freyre, no livro "Casa grande e senzala", pessoas que divergem do padrão social costumam ser marginalizadas. Nesse sentido, acontece que a falta de políticas públicas de orientação e combate ao preconceito contra os doentes mentais dá lugar a marginalização desse grupo, tal como denunciado por Gilberto.Logo, é incoerente que uma nação a qual almeja tornar-se justa, desenvolvida e igualitária ainda conviva com a negligência do poder público para resolver esse revés.”
E) “Por conseguinte, negligenciar as ações públicas que visem à proteção dos indivíduos emocionalmente instáveis é regredir na luta pelos direitos básicos de saúde no Brasil. Acerca disso, a falta de profissionais psiquiátricos nos hospitais, em conjuntura com a escassa infraestrutura, dificulta a democratização do acesso médico por pessoas com enfermidades mentais. Desse modo, é exposta a violação da Cláusula Constitucional de saúde pública o que, consequentemente, comprova o conceito de "Cidadania de Papel": a falta de aplicabilidade dos direitos na prática. Em suma, infere-se que, para intervir nos estigmas relacionados aos doentes mentais, são necessárias medidas de inclusão, de integralidade e de universalidade, assim como previstas pelo Sistema Único de Saúde - SUS -.”
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A
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