Qualquer tópico em psicologia pode ser abordado de uma variedade de perspectivas. (...) Digamos que você atravessa a rua. Da perspectiva biológica, esta ação pode ser descrita como a ativação dos nervos que por sua vez ativam os músculos que movem as pernas. Da perspectiva comportamental, a ação pode ser descrita sem referência a nada no interior de seu corpo; em vez disso, a luz verde é um estímulo ao qual você responde atravessando a rua. Também pode-se assumir uma perspectiva cognitiva de atravessar a rua, focalizando os processos mentais envolvidos na produção do comportamento. Da perspectiva cognitiva, sua ação pode ser explicada em termos de objetivos e planos: seu objetivo é visitar um amigo, o atravessar a rua faz parte de seu plano para atingir esse objetivo.” No entanto, é importante salientar que o próprio objeto de interesse do psicólogo – aquilo que é considerado verdadeiramente “psicológico” - muda de acordo com cada perspectiva. Assim os pressupostos a partir dos quais são pensados o homem, o mundo e a espécie de relacionamento que estabelecem — e não a “natureza” do psicológico — dão sentido ao conhecimento que se constrói em cada perspectiva teórica