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O Brasil, em sua história como um todo, tem muito da cultura de espelhamento na Europa e, mais recentemente, na América do Norte. Vale lembrar que, quando começara o processo de colonização no país, por volta de 1530, Portugal tinha uma grande admiração pela França, império abundante e de muita beleza estética, razão pela qual era a última moda o "r" ser falado como no francês, no fundo da garganta. Isso explica o fato da maioria das cidades litorâneas brasileiras, principalmente o Rio de Janeiro, pronunciarem a letra dessa forma.
Mas, no Brasil, assim como no mundo todo, o império estadunidense plantou bandeira e, com suas produções de entretenimento carregadíssimas de sua cultura e história, invadiu nossos cinemas, nossas tevês e nosso subconsciente. Crescemos assistindo a filmes e séries onde se neva no natal, se montam pinheiros enfeitados defronte à lareira das salas de estar, penduram-se meias na laje da lareira; onde há o dia das bruxas, em que crianças se fantasiam e saem às ruas para pedirem gostosuras ou travessuras.
Essa "lavagem cerebral" acaba por ofuscar inúmeras belezas históricas e culturais que recheiam nossa nação para pôr em evidência costumes e pensamentos estrangeiros que, muitas vezes, não "funcionam" no Brasil.
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