Uma importante siderúrgica vem passando por uma situação muito peculiar. Dois grupos distintos de investidores compraram participações expressivas de suas ações. Um grupo é chinês e outro coreano, sendo que cada um deles tem interesses distintos nos objetivos futuros da companhia. Hoje, as ações estão distribuídas aproximadamente em 35% com os controladores mais antigos, inclusive da família fundadora, 25% com o grupo coreano, 30% com o grupo chinês e 10% das ações muito pulverizadas em acionistas minoritários.Essa situação tem gerado desafios de gestão. No último ano, houve duas trocas de CEO. O primeiro era uma escolha preferida pelo grupo chinês, que conseguiu apoio de alguns sócios da família. Após 7 meses, os investidores coreanos conseguiram pressionar e forçar a troca do CEO ao influenciar outros acionistas. Avaliando esse cenário, você é convidado a responder:
1. Como você avalia o comportamento dos acionistas e o seu reflexo sobre o negócio? Faça um breve relato.
2. As estruturas de governança estão falhando nesse caso? Por quê?
3. O presidente do conselho pode contribuir para a situação?
Respostas
Resposta:
Padrão de resposta esperado
Explicação:
1. Parece estar havendo significativa disputa entre grupos de interesses divergentes, o que pode prejudicar a implementação das estratégias do negócio, sejam elas de curto ou longo prazo. É fundamental que exista um objetivo claro e compartilhado pela maioria ampla dos investidores a fim de evitar que o negócio invista em iniciativas e, logo em seguida, as despreze e parta para outras.
2. Aspectos como realização da assembleia e atendimento aos requisitos de votação estão sendo respeitados (regras), porém o resultado obtido não está sendo satisfatório, pois a disputa entre os investidores vem se mantendo, o que pode impactar significativamente o negócio. Assim, a governança está sendo eficiente, mas não eficaz. A promoção do equilíbrio entre interesses é uma importante atribuição da estrutura de governança que não está sendo atendida. Espera-se que o que está ocorrendo seja uma situação pontual e possivelmente momentânea, pois, se o impasse prevalecer por muito tempo, começará a prejudicar os resultados do negócio.
3. Nesse caso, o presidente do conselho deve chamar a responsabilidade para si e buscar construir uma relação positiva entre os conselheiros que representam os diferentes grupos, fazendo-os ver que o futuro da empresa não pode ser prejudicado pela disputa de interesses entre os grupos.