Respostas
Resposta:
A humanização da relação médico-paciente é importantíssima e imprescindível, porém infelizmente pouco abordada na grade curricular das Faculdades de Medicina, sendo que deveria estar presente em todos os passos do ensino e da atuação médica, desde sua formação, atendimento primário até o atendimento de ponta. Como tentar equilibrar o ensino técnico com o exercício de uma prática humanizada tem sido um desafio. O olhar no olho do paciente é essencial para tentar entender suas angústias, apreensões e sofrimentos.
Esta formação humanista infelizmente não tem recebido a devida importância nas Escolas Médicas, somente dando-se valor a critérios excessivamente tecnicistas, pela maioria delas. Pelo menos 30% da cura ou do cuidado dependem desta relação, com sensibilidade, humanidade e respeito do médico. A empatia e o idealismo devem ser abordados na prática médica nos cursos de Medicina.
"A relação médico-paciente é fundamental, já que contempla aspectos profissionais, morais e éticos da maior transcendência. Não se trata de uma ciência, é uma arte que se inicia com o exemplo do mestre e se aperfeiçoa ao longo do tempo, pelo seu exercício diário e consciente. Trata-se de algo difícil de definir, algo etéreo que se sente, porém que não se pode palpar nem quantificar". Depende das características pessoais do médico e do paciente, como formação moral, ética, religiosa e cultural, independentemente do contexto social em que ela ocorre. Ela deve ser considerada e fazer parte da "Arte da Medicina" para a busca do sucesso do tratamento e a cura de seu paciente.
Nas últimas décadas, apesar do grande avanço tecnológico permitir um diagnóstico e um tratamento médico com sucesso, a insatisfação dos pacientes com os médicos vem crescendo, principalmente relacionados com o modo insensível, impessoal e áspero do atendimento médico recebido. A mídia divulga estes casos com uma frequência crescente e preocupante, sendo que pode existir a possibilidade de um Processo Médico por imperícia, negligência ou imprudência pela simples falta de esclarecimento no momento exato. O saber médico pode ser questionado pelas pesquisas que o paciente fez pelo Dr. Google antes da consulta médica, de fácil acesso a qualquer leigo.
Em Pediatria a relação médico-paciente tem peculiaridades próprias, pois aquele a quem se chama de paciente não é uma criança, e sim a mãe, o pai ou o cuidador. Na realidade, é com a mãe ou o pai a quem o médico constrói a relação médico-paciente de fato. Envolve três sujeitos: "Na Pediatria, por ser uma relação de três termos, a complexidade é maior: a criança é, a mãe fala sobre, sem ser, e o médico pensa e decide."
Na literatura norte-americana, as maiores causas de insatisfação dos pacientes estão relacionadas a dificuldades de acesso ao atendimento (horários, disponibilidade de consultas, tempo de espera, forma de pagamento) e conduta do médico (atenção recebida, competência, falta de calor humano, termos não familiares e falta de explicações adequadas da doença e do tratamento instituído). Em nosso meio, as críticas ao atendimento vão depender das condições socioeconômicas da clientela, tipo de acesso (ao Sistema de Saúde Público ou Privado).
Em um estudo sobre a avaliação da consulta pediátrica pelos pais, foram enumerados três aspectos a respeito da satisfação dos pacientes e como melhorar o atendimento:
A disponibilidade para informar – a quantidade e a qualidade de informações que são fornecidas na consulta.
A sensibilidade interpessoal – comportamentos na área afetiva que refletem a atenção e o interesse do médico em relação aos sentimentos e às preocupações, tanto da criança como dos pais.
A disponibilidade para a parceria – o grau em que o médico permite ou estimula os pais a participarem da consulta dando opiniões e sugestões.
Cabe a nós, pediatras, nos sensibilizarmos com a família que nos confia um ser em crescimento, desenvolvimento, muito especial a ela, darmos o amor, o carinho e a compaixão necessários a este ser, para resgatarmos o respeito e a valorização da nossa profissão.
Explicação:
Resposta: A humanização da relação médico-paciente é importantíssima e imprescindível, porém infelizmente pouco abordada na grade curricular das Faculdades de Medicina, sendo que deveria estar presente em todos os passos do ensino e da atuação médica, desde sua formação, atendimento primário até o atendimento de ponta. Como tentar equilibrar o ensino técnico com o exercício de uma prática humanizada tem sido um desafio. O olhar no olho do paciente é essencial para tentar entender suas angústias, apreensões e sofrimentos.
Esta formação humanista infelizmente não tem recebido a devida importância nas Escolas Médicas, somente dando-se valor a critérios excessivamente tecnicistas, pela maioria delas. Pelo menos 30% da cura ou do cuidado dependem desta relação, com sensibilidade, humanidade e respeito do médico. A empatia e o idealismo devem ser abordados na prática médica nos cursos de Medicina.
"A relação médico-paciente é fundamental, já que contempla aspectos profissionais, morais e éticos da maior transcendência. Não se trata de uma ciência, é uma arte que se inicia com o exemplo do mestre e se aperfeiçoa ao longo do tempo, pelo seu exercício diário e consciente. Trata-se de algo difícil de definir, algo etéreo que se sente, porém que não se pode palpar nem quantificar". Depende das características pessoais do médico e do paciente, como formação moral, ética, religiosa e cultural, independentemente do contexto social em que ela ocorre. Ela deve ser considerada e fazer parte da "Arte da Medicina" para a busca do sucesso do tratamento e a cura de seu paciente.
Nas últimas décadas, apesar do grande avanço tecnológico permitir um diagnóstico e um tratamento médico com sucesso, a insatisfação dos pacientes com os médicos vem crescendo, principalmente relacionados com o modo insensível, impessoal e áspero do atendimento médico recebido. A mídia divulga estes casos com uma frequência crescente e preocupante, sendo que pode existir a possibilidade de um Processo Médico por imperícia, negligência ou imprudência pela simples falta de esclarecimento no momento exato. O saber médico pode ser questionado pelas pesquisas que o paciente fez pelo Dr. Google antes da consulta médica, de fácil acesso a qualquer leigo.
Em Pediatria a relação médico-paciente tem peculiaridades próprias, pois aquele a quem se chama de paciente não é uma criança, e sim a mãe, o pai ou o cuidador. Na realidade, é com a mãe ou o pai a quem o médico constrói a relação médico-paciente de fato. Envolve três sujeitos: "Na Pediatria, por ser uma relação de três termos, a complexidade é maior: a criança é, a mãe fala sobre, sem ser, e o médico pensa e decide."
Na literatura norte-americana, as maiores causas de insatisfação dos pacientes estão relacionadas a dificuldades de acesso ao atendimento (horários, disponibilidade de consultas, tempo de espera, forma de pagamento) e conduta do médico (atenção recebida, competência, falta de calor humano, termos não familiares e falta de explicações adequadas da doença e do tratamento instituído). Em nosso meio, as críticas ao atendimento vão depender das condições socioeconômicas da clientela, tipo de acesso (ao Sistema de Saúde Público ou Privado).
Em um estudo sobre a avaliação da consulta pediátrica pelos pais, foram enumerados três aspectos a respeito da satisfação dos pacientes e como melhorar o atendimento:
A disponibilidade para informar – a quantidade e a qualidade de informações que são fornecidas na consulta.
A sensibilidade interpessoal – comportamentos na área afetiva que refletem a atenção e o interesse do médico em relação aos sentimentos e às preocupações, tanto da criança como dos pais.
A disponibilidade para a parceria – o grau em que o médico permite ou estimula os pais a participarem da consulta dando opiniões e sugestões.
Cabe a nós, pediatras, nos sensibilizarmos com a família que nos confia um ser em crescimento, desenvolvimento, muito especial a ela, darmos o amor, o carinho e a compaixão necessários a este ser, para resgatarmos o respeito e a valorização da nossa profissão.
Explicação: resposta não é minha