• Matéria: História
  • Autor: juliaboso928
  • Perguntado 3 anos atrás

indentificar no texto os caminhos do ouro e escrever no caderno​

Anexos:

Respostas

respondido por: facebookp5wymi
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Resposta:

Olá, Espero ter te ajudado com a resposta:

→ No início grande parte do ouro era obtido em terrenos de aluvião, onde conseguiam o ouro em pó.

→ Este era enviado para as casas de fundição, onde virava barra e era quintado.

→ Depois era levado para a Provedoria da Fazenda Real, seguindo até Rio de Janeiro.

→ Em Rio de Janeiro o ouro ia rumo a Lisboa.

→ Em Lisboa, uma parte do ouro era guardado e outra parte era destinada a Portugal.

→ 50% do ouro era repassado à Inglaterra e 30% à parceiros comerciais.

Explicação:

Acreditamos que os Caminhos do Ouro configuram-se como uma nova materialidade técnica no espaço, pois para entendê-los não basta analisar apenas a “intensidade de circulação e o valor das mercadorias em trânsito”, como bem quer PEIXOTO (1951, p.37), mas todo o conjunto de infra-estruturas e de normatização que, rudimentares ou não, possibilitaram a realização do transporte e da comunicação entre o interior e o litoral, dando maior fluidez e controle sobre o território.

No que se refere às técnicas empregadas nos caminhos, podemos dizer, sem pestanejar, que eram muito rudimentares. A abertura dos caminhos demandava um grande conhecimento empírico do meio natural, ora pelas expedições de reconhecimento como aconteceu com Garcia Rodrigues e Bernardo Proença, ora marcada pela necessidade do deslocamento cotidiano, a exemplo dos moradores das margens do rio Inhomirim que ao pedirem permissão ao Rei para abertura de um novo caminho, deixam claramente transparecer que já conheciam e dominavam a rota anunciada. Em todos os casos, sempre se utilizava de trilhas indígenas bem como do conhecimento das trilhas abertas pelos primeiros moradores luso-brasileiros desde o século XVII, passados de geracão em geracão pela tradição oral.

Para Prado Jr (2000, p.262-263), a definição do traçado dos caminhos “não escolhia outro critério senão a economia de esforços na construção, e o limite extremo do justo trafegável.” Quanto a largura do traçado, limitava-se “ao extremo necessário”, tendo as tropas de animais de carga que caminharem sempre em fila indiana. As pontes eram raras, obrigando os viandantes, em algumas situações, realizarem desvios consideráveis em busca de leitos mais razos, ou ainda, o uso de canoas para a travessia das cargas e pessoas, enquanto os animais atravessavam os rios a nado. No que se refere ao calçamento de pedra, “são na colônia verdadeiros prodígios de tão raros; [podendo] contar os trechos calçados nos dedos de uma só mão, e medi-los a palmo. [29] ” O que se fazia na maioria das vezes era revestir os solos mais alagadiços e os atoleiros com pedaços de madeira atravessados. Assim, sintetiza o autor:

 

Embora o traçado dos antigos Caminhos do Ouro obedecessem, sobretudo, aos elementos da natureza, procurando evitar as serranias, as corredeiras, a transposição de leitos profundos, os encharcados, entre outros, eles foram abertos com a intencionalidade de diminuir a distância e o tempo entre o litoral e a zona de mineração, pois quanto mais longa e demorada fosse a circulação, menos eficiente seria a exploração aurífera, a ocupação do sertão e, principalmente, o controle do quinto real e dos demais impostos que recaíam sobre a produção e circulação de mercadorias, logo, um obstáculo a empresa mercantil portuguesa.

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