Respostas
Resposta:
A menor geração de renda implicou na menor produção de bens e serviços, o
que tornou mais difícil a colocação dos trabalhadores no mercado, obrigando-os a
buscarem ocupações informais, ou a se tornarem desocupados, ou ainda a se retirarem da força de trabalho. Tal fenômeno ampliou não só as taxas de desocupação e a
proporção de trabalhadores informais no total, mas também impactou negativamente
os rendimentos dos trabalhadores, assalariados ou autônomos,
Explicação:
Os resultados da economia brasileira em um período estendido até o ano 2000
revelam que, até 2004, a participação das remunerações no PIB se reduziu, penalizando
os trabalhadores nesta distribuição (Gráfi co 2). A partir de 2005, entretanto, houve
tendência de alta e, mesmo com oscilações, manteve-se em crescimento até 2015.
Em 2016, último ano disponível pela série do Sistema de Contas Nacionais do IBGE3
,
a participação das remunerações estabilizou-se em 44,7%.
A trajetória favorável aos trabalhadores entre os anos 2004 e 2015, traduzida em
maior participação das remunerações, pode ser atribuída a fatores externos e internos
(SÍNTESE..., 2013). Em um primeiro momento prevaleceu o crescimento da economia
mundial e o aumento das exportações brasileiras, o que benefi ciou as atividades econômicas de países emergentes, como o Brasil. Após a crise internacional de 2008 e a
retração dos mercados internacionais, foram os aumentos reais do salário mínimo, a
expansão de programas sociais e a elevação do crédito e dos investimentos públicos
que estimularam a demanda doméstica e favoreceram o aquecimento da economia
e da criação de vagas no mercado de trabalho, majoritariamente formais. Embora
beneficiando o trabalhador com a maior oferta de vagas e aumentos salariais, o aquecimento do mercado interno foi também positivo para empresas e governos, pois as
vendas de bens e serviços cresceram, aumentando também, em termos absolutos, o
excedente operacional e a arrecadação tributária.
Devido às questões metodológicas os dados oficiais da desagregação do PIB pela ótica da renda possuem dois anos
de defasagem
Para informações mais detalhadas, consultar as Tabelas 5 e 18 da publicação Sistema de Contas Nacionais
Remuneração Rendimento misto bruto
Excedente operacional bruto Impostos líq. s/ a produção e a importação - Composição do Produto Interno Bruto pela ótica da renda - análise da distribuição funcional da renda suscita o debate sobre a
estrutura tributária brasileira e em que medida esta estrutura contribui para limitar a
redução da desigualdade de renda no País. Além dos impostos sobre a produção e a
importação, recolhidos durante a atividade produtiva, os recursos para as despesas
do setor público são financiados por meio de outros tipos de impostos e contribuições sobre renda, propriedade e capital