Existem constraints que definem uma API REST.
Marque a constraint que diz que "cada par requisição e resposta deve ser tratado de forma independente em relação a requisições anteriores ou posteriores".
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Resposta:
Ultimamente vim pensando a respeito de lançar o blog e começar escrevendo um artigo sobre como criar um web service RESTful, mas antes disso, conversando num hangout com alguns outros devs, percebi que antes do “como fazer”, seria bacana um “o que é”, para mostrar os fundamentos e os conceitos por trás da arquitetura REST. A grande discussão na ocasião era: até que ponto vale a pena usar um grande esforço para tornar a sua aplicação RESTful.
Primeiramente, gostaria de falar o que este artigo NÃO é: este artigo não tem como objetivo mostrar o porquê de usar REST ao invés de usar SOAP ou qualquer outro protocolo/arquitetura para construir sua API. Este artigo tem como principal objetivo, na verdade, deixar claro o que é o REST; quais as vantagens de usar esta arquitetura; o que faz da sua API ser considerada RESTful e o porquê muitas dizem que são, mas na verdade não são.
Vamos lá.
O que é REST?
O termo foi definido no ano 2000, na tese de doutorado de Roy Fielding e é a sigla para Representational State Transfer: é um design de arquitetura construído para servir aplicações em rede. A aplicação mais comum de REST é a própria World Wide Web, que utilizou REST como base para o desenvolvimento do HTTP 1.1.
REST traz uma série de benefícios – que irei falar logo mais – mas ele não é um padrão, você não é obrigado a seguí-lo para construir seus web services ou aplicação web, ele é apenas uma espécie de guia com algumas recomendações.
Este tema é muito comentado quando falamos em construção de web services, mas este não é um modelo de arquitetura específico para construção de APIs somente, ele pode – E DEVE – ser utilizado na construção de sistemas web que não serão expostos na forma de API necessariamente.
As restrições do REST
1. Client-Server
É a restrição básica para uma aplicação REST. O objetivo desta divisão é separar a arquiterura e responsabilidades em dois ambientes. Assim, o cliente (consumidor do serviço) não se preocupa com tarefas do tipo: comunicação com banco de dados, gerenciamento de cache, log, etc. E o contrário também é válido, o servidor (provedor do serviço) não se preocupa com tarefas como: interface, experiência do usuário, etc. Permitindo, assim, a evolução independente das duas arquiteturas.
Neste modelo, o servidor espera pelas requisições do cliente, executa estas requests e devolve uma resposta.
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2. Stateless
Um mesmo cliente pode mandar várias requisições para o servidor, porém, cada uma delas devem ser independentes, ou seja, toda requisição deve conter todas as informações necessárias para que o servidor consiga entendê-la e processá-la adequatamente.
Neste caso, o servidor não deve guardar nenhuma informação a respeito do estado do cliente. Qualquer informação de estado deve ficar no cliente, como as sessões, por exemplo.
3. Cacheable
Como muitos clientes acessam um mesmo servidor, e muitas vezes requisitando os mesmos recursos, é necessário que estas respostas possam ser cacheadas, evitando processamento desnecessário e aumentando significativamente a performance.
Isso significa que um primeiro cliente solicita um determinado resource para o servidor, o servidor processa esta requisição e armazena isso temporariamente no cache. Quando os demais clientes solicitam o mesmo resource, o servidor devolve o que está no cache sem ter que reprocessá-lo. A regra para limpar o cache varia de resource para resource, pode ser limpo sempre que houver uma troca de estado no resource; pode ser limpo em um determinado intervalo de tempo antes de ser reprocessado, de hora em hora, por exemplo, e por aí vai.
4. Uniform Interface
É, basicamente, um contrato para comunicação entre clientes e servidor. São pequenas regras para deixar um componente o mais genérico possível, o tornando muito mais fácil de ser refatorado e melhorado.
Dentro desta regra, existe uma espécie de guideline para fazer essa comunicação uniforme:
1) Identificando o resource – cada resource deve ter uma URI específica e coesa para poder ser acessado, por exemplo, para trazer um determinado usuário cadastrado no site: