• Matéria: História
  • Autor: oraiane201
  • Perguntado 3 anos atrás

Como era a sociedade/religiosidade/economia
mim ajudem por favor é pra amanhã ​

Respostas

respondido por: veehfdc2005
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Resposta:

Ainda hoje muitos historiadores defendem a idéia de que toda a economia durante o período colonial girou em torno do engenho de açúcar, durando isto até o surgimento dos trabalhos nas minas, onde o trabalho dos homens livres tornou-se mais evidente, pois uma grande quantidade deles foram para aquela região em busca de melhor condição de vida, e acabaram por realizar diversos tipos de trabalho. Com isso podemos perceber mais claramente que existiam duas forças de trabalho utilizadas na colônia: a escrava e a livre. Deter-me-ei primeiramente a mão-de-obra escrava.

O escravo começou a ser utilizado primeiramente na atividade do engenho, atuando no processo de fabricação do açúcar. Para alguns, esta foi a primeira indústria do Brasil, pois nela percebia-se claramente a divisão das tarefas, sendo cada escravo especialista na sua função, e devido ainda a existência de uma hierarquia entre os escravos, partindo dos que desempenhavam a tarefa mais simples para aqueles que desempenhavam as mais complexas. A discussão mais recente que envolve este período questiona até onde iria a autonomia do escravo, seria ele um mero objeto de trabalho na mão de seu senhor ou teria autonomia para reivindicar por seus direitos e, ainda, em alguns casos, ter eles atendidos? A segunda opção cada vez mais é aceita entre os historiadores.

Um escravo custava muito caro ao senhor, custaria mais caro ainda se ele fugisse antes mesmo do período em que seu trabalho pagasse as despesas que seu dono teve ao comprá-lo e ainda mais se fosse ele um “mestre do açúcar” (oficio desempenhado pelo escravo do topo hierarquia na atividade açucareira). Assim, o senhor buscava meios para evitar que as fugas se realizassem. Como? O Senhor costumava dar um pedaço de terra para o escravo plantar, chamado de “brecha camponesa”, nesta ele plantava seu alimento para subsistência e havendo excedente, podia vender e assim quem sabe adquirir manumissão, outro incentivo dado ao escravo, a possibilidade de comprar sua própria liberdade. Dependendo também da tarefa que o escravo desempenhasse no engenho, este recebia gratificações em dinheiro devido ao trabalho realizado, perder um escravo especializado seria um grande prejuízo.

Porém, estes incentivos não agradavam a todos, como diz Schwartz (2001, p. 103), “alguns escravos recusavam qualquer adulação ou persuasão para colaborar e resistiam à escravidão de todas as maneiras possíveis (...)”. Que maneiras seriam essas? Quebrar algum equipamento, trabalhar de forma lenta, queimar de mais ou de menos o açúcar, provocar incêndios na lavoura e dentre outros, a fuga.

Vale ressaltar que esses incentivos ao trabalho escravo não acontecia em todos os lugares, eles eram dados onde a possibilidade de fuga era maior e em engenhos muito próximos das cidades. Em um engenho isolado, onde os castigos aos escravos não saltam aos olhos da comunidade e onde as possibilidades da captura de um escravo “fujão” é maior, o senhor quase não se preocupava em agradar para manter seus escravos.

Os escravos além de terem trabalhado no engenho de cana de açúcar ainda foram a principal mão-de-obra da mineração e ainda atuaram no processo de povoamento do sertão nordestino, participando da atividade pecuarista. Não esquecendo o escravo urbano, que desempenhava diferentes funções, que sendo ele de ganho ou de aluguel, sempre gerava lucros para o seu dono.

O trabalhador livre sempre fez parte da economia colonial, no período onde a principal atividade econômica era a produção de açúcar, estes viviam em prol das fazendas, sendo as cidades daquele momento abastecedoras deste sistema, e o poder político era exercido em sua maioria pelos grandes latifundiários. Com o surgimento da extração de minérios como atividade econômica, grande foi a ida de trabalhadores livres em busca de alguma oportunidade. Mas quem eram estes trabalhadores livres? Em sua maioria degredados que vieram de Portugal, além destes, negros libertos sem trabalho, e ainda, os descendestes destes e daqueles. Todos eram chamados de vadios por aqui não terem conseguido inserir-se em uma atividade econômica fixa, já que existia pouco espaço no sistema escravocrata para homens livres, assim viviam da realização de trabalhos esporádicos. Laura Souza (1986, p.61) fala dessas condições favoráveis para a proliferação destes desclassificados, partindo justamente da análise da estrutura econômica que não dava oportunidade para eles.

Explicação:


oraiane201: Obrigada
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