Respostas
INTRODUÇÃO:
Os dados epidemiológicos de 2004 apresentaram um aumento no número de casos registrados de infecção pelo HIV entre as mulheres, em especial, por transmissão heterossexual. Isso se deve a alguns fatores que caracterizam a vulnerabilidade feminina, como fatores biológicos, sócio-econômicos, culturais e também institucionais.
O presente trabalho tem como objetivo, analisar as causas desse aumento em seus diversos segmentos, e apartir de então verificar o que está sendo feito para combater tal crescimento do número de mulheres infectadas pelo vírus HIV e pela IST´s, por parte do Governo, da Sociedade Civil Organizada, das Universidades e dos Movimentos Sociais. Essa análise é feita por meio de estudos de políticas, programas ou projetos que foram ou estão sendo desenvolvidos para o público feminino diante dessa contextualização.
O trabalho faz ainda, uma análise situacional específica da condição de vulnerabilidade ou não das mulheres que utilizam os serviços do Pólo de prevenção às DST´s e AIDS da Universidade de Brasília, principalmente daquelas que fazem o uso do preservativo feminino. Nesse âmbito, o estudo visa identificar como o preservativo feminino pode contribuir para que os fatores de vulnerabilidade sejam decrescidos. Isso é feito, inclusive com a investigação das percepções de homens que fazem uso do preservativo feminino.
Tal pesquisa objetiva alertar que a emancipação e o respeito à mulher é também uma questão de saúde.
CONCLUSÕES:
O uso da camisinha feminina pelas entrevistas ainda é pouco o que demonstra uma falta de familiarização com tal, ainda que elas afirmaram que continuarão o uso. As participantes afirmam que tem conversas freqüentes com seus parceiros, porém, não sabem afirmam com certeza qual a posição deles frente ao uso do preservativo, isso leva a uma conclusão de que o preservativo feminino ainda não é pauta de discussão quando se fala de sexo, o que se entende é que este é visto como uma novidade na forma de prevenir as IST e a aids, e que seu uso foi motivado por uma curiosidade. Diante disso questiona-se a intenção da camisinha feminina como fator de empoderamento da mulher diante da sua prevenção. Nesse sentido tem-se que relevar o costume que os casais já adquiriram de usar o preservativo masculino, e isso de certa forma se incorpora à rotina sexual desse casal, pois o preservativo feminino não vem com o objetivo de desconstruir o hábito de usar o preservativo masculino, ele aparece no contexto para facilitar a mulher na sua prevenção respondendo a possíveis falhas que a mulher tenha ao negociar ou ao usar o preservativo masculino. As participantes entrevistadas não demonstraram nenhum problema, ou restrição ao uso do preservativo masculino que a motivassem o uso da camisinha feminina, e também não encontraram nesta nenhum fator que motivassem a troca de um preservativo por outro. Assim se entende que o uso de preservativo por essas participantes ficará sem muitos critérios de escolha entre feminino e masculino.