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Nas últimas décadas, os índices de violência contra a mulher apresentam crescimento exacerbado. Segundo uma pesquisa feita pelo site "Mapa de Violência" mostra-se que entre 1980 e 2010 o número de assassinatos teve aumento de 230%. Após a violência física, a psicológica - a qual impede que muitas mulheres façam denúncias - deve ser destacada. A visão holística sobre a persistência da violência contra a mulher comprova que o cerne da questão se encontra no descumprimento às leis.
É preponderante refletir sobre essa mazela social que perpassa diversas esferas. De fato, existem raízes históricas e ideológicas que persistem até hoje. O comportamento do povo brasileiro se opõe à frase da pensadora do século XX Simone de Beauvoir "não se nasce mulher, torna-se", pois grande parte da sociedade prega que o sexo feminino deve submissão ao masculino.
Não pode-se negar os benefícios adquiridos desde 1791, com a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, decretada por Olympe de Gouges mas, é importante atentar para a polaridade do assunto. Mecanismos de auxílio à mulher, como a Secretária da Mulher e a Lei Maria da Penha, possuem baixa eficiência, comprovada pelo contínuo crescimento das taxas de violência.
O ideal seria que a mídia se coloque a favor da igualdade de gêneros e da conquista do espaço e respeito à mulher, ao invés de valorizar conceitos ultrapassados de inferioridade e submissão, e que os Órgãos Competentes façam valer as leis já criadas, que terão grande eficácia quando realmente forem cumpridas e reforçadas.