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Primeiro de tudo, é urgente que pessoas brancas reflitam, identifiquem e reconheçam seus privilégios. Não é uma tarefa fácil. Um bom começo é olhar para a própria história e perceber em que situações um branco levou a melhor. Alguns exemplos:
Durante a disputa por uma vaga de emprego em que as duas pessoas tinham qualificações muito semelhantes, mas o negro foi dispensado.
Em um momento de lazer como um jantar em um restaurante em que pessoas brancas são servidas pelas negras.
Baixar o crivo de seleção das empresas quando solicita pessoas fluentes em diferentes idiomas como, inglês, espanhol, francês, mandarim etc, tendo em vista que a população negra não recebe as mesmas oportunidades de estudos que pessoas brancas. A solução seria contratá-los e oferecer este tipo de capacitação e estudo.
Apoiar pessoas negras que estão no mercado de trabalho, empresários, artistas, designers, salões entre outras áreas.
Uma outra atitude é deixar de usar palavras e termos que tiveram origem na discriminação entre brancos e negros: "mulato", "dia de branco", "a coisa está preta”, “criado mudo”, “ovelha negra”, “moreninha”, “escurinha”, “cabelo ruim”, entre outras. Por mais que, conscientemente, elas sejam usadas sem uma intenção racista, o fato de ainda estarem em uso mostra o quanto o problema está arraigado em nossos costumes.
Ao mesmo tempo é necessário deixar de procurar os negros exclusivamente para tratar de assuntos raciais e cobrar aula. É verdade que, ainda hoje, pessoas negras em postos de destaque são minoria, mas há, sim, bons médicos, advogados, escritores, físicos, engenheiros e intelectuais negros. Eles precisam ser lembrados.
Como se vê, existem medidas para serem tomadas em todas as escalas da sociedade: desde essas atitudes cotidianas, até políticas públicas que ampliem a presença de negros e indígenas em todas as esferas da sociedade. A lei de cotas é um bom exemplo disso. Por fim, respeite, se eduque, descontrua e reconstrua, se souber de alguma situação de descriminação, não fique em silêncio e denuncie!