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A Eclésia (em grego: Εκκλησία; romaniz.: ekklesia) era a principal assembleia da democracia ateniense na Grécia Antiga. Era uma assembleia popular, aberta a todos os cidadãos do sexo masculino, com mais de vinte e um anos que tivessem prestado pelo menos dois anos de serviço militar e que fossem filhos de pai e mãe natural da pólis. Atuava no âmbito da política externa e detinha poderes de governação relativos à legislação, judiciais e executivos, como por exemplo, decidindo a destituição de magistrados. Também fiscalizava todos aqueles que detinham cargos de poder, de modo a que não abusassem do mesmo e desempenhassem as suas incumbências o melhor possível.[1]
Durante a guerra do Peloponeso foi atribuída uma remuneração ("misthos ecclesiastikós"), aos cidadãos da Assembleia, uma vez que as reuniões se realizavam com alguma frequência (cerca de quatro vezes por mês) e podiam demorar um dia inteiro. Estas reuniões realizaram-se, em Atenas e durante o século V a.C., na colina da Pnix, diante da Acrópole, tendo também ocorrido na Ágora e no Teatro de Dionísio. Neste século era eleito um prítane para chefiar cada reunião, denominando-se este cargo de epístata. A tribuna a partir da qual se faziam os discursos denominava-se "bema", e nestas assembleias os prítane (cinquenta membros de cada tribo que pertenciam à Bulé) detinham o poder máximo.[1]
Foi criada por Sólon em 594 a.C. A Eclésia abria suas portas para todos os cidadãos para que se nomeassem e votassem magistrados (indiretamente votando para o Areópago) e estrategos, para que se tivesse a decisão final acerca de legislação, guerra e paz; e para que os magistrados respondessem por seus anos no cargo. No século V a.C. havia 43 000 pessoas participando da Eclésia. Originalmente, se encontrava uma vez a cada mês, mas mais tarde se encontrava três ou quatro vezes por mês. Os assuntos eram estabelecidos pela Bulé. Os votos eram contados pelas mãos.