Quais as facetas do conhecimento em arte e sua relação com o ensino da Arte na educação básica brasileira?
Respostas
Resposta:
Segundo Ana Mae Barbosa no vídeo História da Arte no Brasil, o ensino de arte em nosso país começou com a chegada dos jesuítas e seu trabalho com a catequese. Esta que tinha um trabalho não só da religião, mas de educar os indígenas de acordo com o padrão europeu. Ainda de acordo com a pensadora, após a expulsão dos Jesuítas por Marquês de Pombal, foi pensando outras formas de ensinar. No entanto, o ensino de arte só começa oficialmente no Brasil no ano de 1826 com a criação da Academia Imperial de Belas Artes que veio da França, que tinha como objetivo ensinar ciências, artes e ofícios e preparar muitos para mercado de trabalho, no entanto, o que ocorreu foi que essa academia era classista, para ricos, e contribuindo para o preconceito a respeito das artes. Esta entendida como luxo, algo que interessa a poucos. A ideia de arte proposta pela academia também contribui para o preconceito que se tem hoje a respeito das artes, como algo relacionado a arte da cultura erudita.
Explicação:
O Ensino da arte como um disciplina só vai aparecer no currículo escolar na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, que a tornou obrigatória na educação Básica. Conforme podemos observar artigo 26: “O ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.” E no paragráfos 2o “O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório da educação básica.”O ensino da arte deixou de ser uma atividade apenas, e passou a ter refexões críticas maiores.
As artes na BNCC articulam-se saberes referentes a produtos e fenômenos artísticos e envolvem as práticas de criar, ler, produzir, construir, exteriorizar, fluir e refletir sobre formas artísticas. A abordagem das linguagens articula seis dimensões do conhecimento que, de forma indissociável caracterizam a singularidade da experiência artística.