A historiografia econômica brasileira é conhecida por elaborar estruturas explicativas nas quais a economia do país, desde a época colonial, é o ponto de destaque. O período de independência foi um marco político, mas não rompeu o sistema econômico que privilegiava os latifúndios e a agroexportação. Historiadores como Caio Prado Júnior (1907-1990) e industriais como Roberto C. Simonsen (1889-1948) analisaram a história econômica a partir da ideia de progresso. Eles entendiam que o futuro residia na industrialização em vez da exportação de produtos primários. Suponha que você é professor de história e busca demonstrar aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II como o conhecimento teórico sobre a história da economia também faz parte dos conteúdos a serem aprendidos em sala de aula. Para isso, você nomeou alguns fatos ocorridos no século XIX para efeito de análise crítica: - 1847: imigração - 1850: Lei de Terras - 1850: Lei Eusébio de Queirós - 1888: Abolição da escravidão Analise os fatos listados munindo-se do contexto sobre a economia do período oitocentista e conceitos de pesquisadores como Prado Júnior e Simonsen. A partir disso, crie um aparato argumentativo aplicável em sala de aula, principalmente ao relacionar os ciclos econômicos com os acontecimentos políticos e sociais.
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A análise deve contextualizar o período e, posteriormente, relacionar os fatos com o desenvolvimento econômico do país.
O século XIX brasileiro foi permeado não só pelo processo de independência em 1822, mas também pela chegada da Família Real em 1808, pelo Primeiro Reinado (1822-1831), Segundo Reinado (1840-1889), fim da escravidão (1888) e pela Proclamação da República (1889). Todos esses eventos influenciaram na economia, mas nada que a modificasse estruturalmente.
A Lei de Terras (n. 601),de 18 de setembro de 1850, foi implementada com a intenção de organizar a propriedade privada. Até então, a posse se relacionava ao uso da terra e, além disso, o governo a concedia para ser lavrada, por exemplo. Com a nova legislação, as terras já ocupadas foram regularizadas, e todas as demais se tornaram títulos do Estado.
Além disso, os valores dos impostos e dos pedaços de terra eram determinados pelo governo, resultando na concentração fundiária nas mãos de poucos, principalmente de quem já usufruía dos benefícios anteriores. Dessa forma, imigrantes, negros alforriados e a pequena classe média não tiveram acesso à terra, mantendo-se a desigualdade social.
Os imigrantes começaram a chegar no Primeiro Reinado, mas a política de imigração foi sistematizada de fato a partir de 1847, primeiro com o interesse da iniciativa privada, contando com forte aparato estatal. A necessidade de mão de obra também ajudou no desenvolvimento do processo imigratório, já que a Lei Eusébio de Queirós proibia o tráfico de africanos escravizados.
A questão da abolição se tornou discussão pública desde então, culminando na assinatura da Lei Áurea,em 13 de maio de 1888. Toda essa mudança legislativa influenciou diretamente a manutenção da característica econômica brasileira: agroexportação de matéria-prima, anteriormente o açúcar e, durante o século XIX, o café.
Explicação: Confia