No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Rio de Janeiro: Jackson, 1957.
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita na alternativa:
A) ... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça...
B) Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, ...
C) Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos...
D) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
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D) ... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.
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