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Com a Revolução do Porto, as Cortes se mostraram como instituições políticas de alto poder legislativo. As Cortes Portuguesas fizeram novas exigências a D. João VI, como transferir os órgãos públicos criados no Brasil para Portugal, enviar tropas para o Rio de Janeiro e o retorno de D. Pedro, o príncipe regente do Brasil, para Portugal.
As Cortes de Lisboa também passaram a limitar os poderes regenciais de D. Pedro e emitiam decretos que diminuíam os privilégios políticos e econômicos que o Brasil havia alcançado. Reduzir a autonomia brasileira significava, em outras palavras, tentar recolonizar o país. Isso causou muita insatisfação entre os brasileiros, alimentando o sentimento de libertação de Portugal.
D. Pedro decide ficar no Brasil
Em retaliação às cortes portuguesas, D. Pedro reduziu os impostos no Brasil e elevou os militares brasileiros ao mesmo status daqueles portugueses. O Brasil estava resistindo às Cortes. Em dezembro de 1821, o documento exigindo o retorno do príncipe regente a Portugal chegou em suas mãos. Apoiado por políticos e elites locais brasileiras, Pedro novamente desobedeceu à Lisboa e não indicou que retornaria à Europa.
Outro documento surgiu em janeiro de 1822: uma petição foi entregue no Senado com mais de 8 mil assinaturas, mobilizadas por um grupo a favor da independência, pedindo que o príncipe permanecesse no Brasil. D. Pedro se sentiu apoiado e motivado o suficiente para declarar publicamente, em 9 de janeiro de 1822, que ficaria no Brasil – o que ficou conhecido como o Dia do Fico.
“Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”.
— Frase atribuída pelos jornais da época à Dom Pedro I sobre o Dia do Fico em 1822.
Com essa decisão, o Brasil estava um passo mais perto de ficar emancipado de Portugal. Após o Dia do Fico, os ânimos se acirraram entre Rio de Janeiro e Lisboa, seguindo uma série de eventos que culminaram na independência.
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