A viuvinha
Se passasse há dez anos pela Praia da Glória, minha prima, antes que as novas ruas que se abriram tivessem dado um ar de cidade às lindas encostas do morro de Santa Teresa, veria de longe sorrir-lhe entre o arvoredo, na quebrada da montanha, uma casinha de quatro janelas com um pequeno jardim na frente.
Ao cair da tarde, havia de descobrir na última das janelas o vulto gracioso de uma menina que aí se conservava imóvel até seis horas, e que, retirando-se ligeiramente, vinha pela portinha do jardim encontrar-se com um moço que subia a ladeira, e oferecer-lhe modestamente a fronte, onde ele pousava um beijo de amor tão casto que parecia antes um beijo de pai.
Depois, com as mãos entrelaçadas, iam ambos sentar-se a um canto do jardim, onde a sombra era mais espessa, e aí conversavam baixinho um tempo esquecido; ouvia-se apenas o doce murmúrio das vozes, interrompidas por esses momentos de silêncio em que a alma emudece [...].
O arrulhar1 destes dois corações [...] durava até oito horas da noite, quando uma senhora de certa idade chegava a uma das janelas da casa, já então iluminada, e debruçando-se um pouco, dizia com a sua voz doce e afável:
– Olha o sereno, Carolina!
A estas palavras os dois [...] se erguiam, atravessavam o pequeno espaço que os separava da casa, e subiam os degraus da porta, onde eram recebidos pela senhora que os esperava.
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Na última das janelas
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"Ao cair da tarde, havia de descobrir na última das janelas o vulto gracioso de uma menina que aí se conservava imóvel até seis horas..."
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Resposta: Na ultima das janelas
Explicação:Acho
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Na portinha do jardim.
Na última das janelas.
Nas encostas do morro.
No canto do jardim.
Nos degraus da porta.