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Em 1907 uma parte remanescente da Fazenda Salto Grande, localizada entre o rio Jaguari e a Fábrica de Tecidos Carioba, foi comprada pelo Comendador Franz Müller, proprietário desta fábrica. A intenção na aquisição desta parte remanescente da fazenda estava ligada a facilidade apresentada pela mesma para a construção de uma usina hidrelétrica, onde havia uma grande queda d’água sobre um maciço de rocha magmática no rio Atibaia, o que possibilitaria a ampliação da sua indústria têxtil.
Assim em 1911 foi inaugurada a primeira Usina Hidrelétrica de Salto Grande com uma potência inicial de 2.500 kW que passou a fornecer energia elétrica para a sua indústria e também para Americana, Cosmópolis, Santa Bárbara e Rebouças (Sumaré).
Essa usina acabou sendo vendida em 1930 à Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL, devido a crise econômica de 1929. Para atender a demanda de energia elétrica das novas indústrias em Americana, a Companhia Paulista de Força e Luz inicia em 1940 a construção da nova usina hidrelétrica na Fazenda Salto Grande, que na época já era propriedade das Indústrias José João Abdalla S. A., aproveitando a mesma queda d’água da antiga, concluindo sua construção em 1948, representando o que havia de mais moderno em tecnologia[2].
A atual Usina Hidrelétrica de Salto Grande foi inaugurada em 19 de novembro de 1949 pelo então governador do estado Ademar de Barros[3].
Resposta:
Desde a década de 1950, o Comitê Popular Pró Represa de Salto Grande (integrado, entre outros, por Ramón Vinci e Néstor Minutti), estiveram à frente de sua construção.
Por sua vez, a Comissão Técnica Mista da Salto Grande (CTMSG) foi integrada pelos argentinos: engenheiro Jorge Pegoraro e general Repetto, e pelos uruguaios: Ulysses Pereira Reverbel, Dr. Gervasio de Posadas Belgrano e Dr. Pedro Di Lorenzo. A CTMSG é um organismo binacional de personalidade jurídica internacional própria, criada pelo convênio de 30 de dezembro de 1946 para construir e administrar a usina de Salto Grande.
O início da construção da represa foi em 1973 e gera energia elétrica desde 1979, concluindo-se a execução das instalações de geração de energia em 1982.
O reservatório desta represa provocou o desaparecimento ou alagamento de várias áreas da bacia hidrográfica do curso médio do rio Uruguai, incluindo bosques, ilhas e a transferência de populações, como a de Federación do lado argentino e Belén e Constitución do lado uruguaio.
A represa de Salto Grande, em Americana (SP), começou um processo de redução do nível da água nesta terça-feira (22) para diminuir o problema dos aguapés. As plantas aquáticas ficarão expostas ao ar e ao sol, e a desidratação delas resultará no controle de ao menos parte da vegetação. Os trabalhos são realizados pela CPFL Renováveis, que administra a área.
O prazo é que a ação termine até 10 de outubro. A intervenção é inédita no local, segundo a companhia. A redução na coluna de água é temporária, vai gerar energia e vai ajudar na revitalização das margens da represa, principalmente na região da Praia dos Namorados e da Praia Azul, informou a CPFL.
O procedimento, denominado deplecionamento, é sustentável e recebeu a aprovação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para ser realizado. É recomendado que não sejam usadas embarcações na represa no período por conta de riscos de acidentes com antigas estruturas submersas.
"A empresa recebeu autorização dos órgãos públicos para manter a cota do reservatório rebaixada em aproximadamente 2 metros, por um período de 15 dias consecutivos, a partir de 22 de setembro. Após este período, o nível do reservatório será recuperado de forma gradativa, em até 60 dias, a depender da vazão afluente do rio até o restabelecimento do nível de água que todos conhecem.", diz a nota da CPFL.
Nos últimos anos, o problema dos aguapés foi relatado em reportagens do G1 e da EPTV, afiliada da TV Globo. Barreiras físicas chegaram a ser instaladas para conter o avanço das plantas, que chegaram a tomar boa parte do reservatório. O crescimento dos aguapés ocorre por conta da poluição na água e foi objeto de inquérito do Ministério Público.
"A CPFL Renováveis vem removendo periodicamente as macrófitas por meio de equipamentos mecânicos, como barcos, caminhões e escavadeiras, e obtendo resultados positivos com a redução significativa da área ocupada pelas plantas no reservatório. Hoje, após as ações da companhia, o espelho d´água está com a área ocupada pelas plantas aquáticas dentro dos limites aceitáveis.", informou a companhia.
Salto Grande é formada pelo represamento do Rio Atibaia em Americana. O manancial nasce da união dos rios Cachoeira e Atibainha, em Bom Jesus dos Perdões (SP), e percorre uma extensão de 170 quilômetros até se juntar ao Rio Jaguari para formar o Piracicaba.
Moradores do entorno que tiverem dúvidas sobre o processo de deplecionamento da represa podem entrar em contato com a companhia pelo telefone (11) 93757-0501.
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