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Nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis/SC. Filha de Catarina de Barros e de Rodolfo de Barros. Solteira. De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai e foi criada pela mãe que era lavadeira
Nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis/SC. Filha de Catarina de Barros e de Rodolfo de Barros. Solteira. De família muito pobre, ainda criança ficou órfã de pai e foi criada pela mãe que era lavadeira.
Alfabetizada aos 5 anos, concluiu os estudos primários (atual Ensino Fundamental) na Escola Lauro Müller e, aos 17 anos, ingressou na Escola Normal Catarinense - atual Instituto Estadual de Educação, onde realizou curso equivalente ao Ensino Médio e diplomou-se em 1921.
Fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, em 1922, e o dirigiu até o ano de sua morte (1952), destinado à alfabetização da população carente.
Desde o início conviveu com diversos desafios e preconceitos por sua cor, classe social e por ser mulher.
Seu objetivo de ser professora foi alcançado, sendo considerada uma das melhores educadoras do seu tempo, especialmente na educação de jovens catarinenses. Venceu preconceitos, mudou seu destino e tornou-se ainda escritora, jornalista e representante política reconhecida.
Destacou-se pela dedicação aos estudos; pela coragem de expressar suas ideias em uma época que as mulheres não tinham liberdade de expressão; por ter conquistado um espaço na imprensa e, por meio dele, opinar sobre as mais diversas questões; e principalmente por ter lutado pelos menos favorecidos e pela educação.
Nos anos de 1920, iniciou as atividades de jornalista e foi muito produtiva:
Criou e dirigiu o jornal A Semana, em Florianópolis, mantido até 1927;
Dirigiu o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade (1930);
Fundou e dirigiu o jornal A Semana, entre os anos de 1922 e 1927.
Suas crônicas eram veículos transmissores de suas ideias, principalmente ligadas às questões da educação, aos desmandos políticos, à condição feminina e ao preconceito racial.
Na década de 1930, trocou correspondência com a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), comprovadas por cartas entre ela e Bertha Lutz, guardadas atualmente no Arquivo Nacional. Berta foi uma ativista pelo direito do voto feminino, uma das fundadoras da Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, em 1918, representou as brasileiras na Assembleia Geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, em 1922, quando foi eleita Vice-Presidente da Sociedade Pan-Americana, e fundadora da FBPF.
Antonieta escreveu vários artigos para jornais locais e o livro Farrapos de Idéias, em 1937, com o pseudônimo de “Maria da Ilha”. Fez parte do Conselho Deliberativo da Associação Catarinense de Imprensa, a partir de 1938.
Em Florianópolis, lecionou na Escola Normal Catarinense (ensinava português e literatura, a partir de 1934), no Colégio Coração de Jesus e no Colégio Dias Velho, neste último foi Diretora, de 1937 a 1945. Foi professora do atual Instituto Estadual de Educação, entre os anos de 1933 e 1951, e sua Diretora, de 1944 a 1951, nomeada por Nereu Ramos, quando se aposentou, mas continuou ensinando até o fim de sua vida.