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Resposta:
A resistência dos escravos foi uma resposta à escravidão que foi uma instituição presente na história do Brasil ao longo de mais de 300 anos. A sociedade brasileira foi construída pela utilização dos trabalhadores escravos, indígenas ou africanos. A escravidão no Brasil foi uma instituição vil e cruel que explorava brutalmente o trabalho de indígenas e africanos.
A resistência à escravidão por meio das revoltas, conforme pontua o historiador João José Reis, não visava, exclusivamente, a acabar com o regime de escravidão, mas, dentro do cotidiano dos escravos, poderia ser utilizada como instrumento de barganha. Sendo assim, essas revoltas dos escravos buscavam, muitas vezes, corrigir excessos de tirania dos senhores, diminuir o nível de opressão ou punir feitores excessivamente cruéis|1|.
Muitas pessoas têm uma imagem de que os escravos africanos aceitavam a escravização de maneira passiva, mas os historiadores nos contam que a história foi bem diferente e os escravos organizaram-se de diferentes maneiras para colocar limites à violência a que eram submetidos no seu cotidiano. Os tipos de resistencias são as seguintes:
Revoltas violentas
Entre os exemplos de revoltas violentas que aconteceram, pode ser mencionada uma revolta que aconteceria na Bahia em 1807, mas que foi sufocada antes de se iniciar. Essa revolta foi descoberta em maio de 1807, e os escravos que se rebelariam planejavam dominar a cidade de Salvador. Além disso, entre os planos dos escravos constava o ataque a igrejas católicas e destruição de imagens dos santos.
Fugas
As fugas eram uma outra estratégia utilizada pelos escravos e poderiam ser individuais e coletivas. As fugas individuais eram mais complicadas, porque aquele que a realizasse só conseguiria ter sucesso caso se embrenhasse no mato e lá sobrevivesse.
Muitos procuravam alcançar grandes quilombos estabelecidos. As fugas individuais tornaram-se uma estratégia comum no século XIX, como as fugas dos escravos eram constantes, eles se instalavam em grandes cidades – como Salvador – e passavam-se por libertos.
As fugas foram uma estratégia de resistência muito comum nas décadas de 1870 e 1880, por conta do fortalecimento do movimento abolicionista. Os escravos sentiam-se motivados a fugir e muitas vezes eram de fatos incentivados por outros escravos que haviam fugido ou por integrantes de associações abolicionistas, que davam suporte para escravos que fugiam.
Quilombos
Outra forma de resistência dos escravos foi com a formação de quilombos e mocambos. As duas palavras têm origem em idiomas africanos. Mocambo significa “esconderijo”, enquanto que quilombo era utilizado para se referir a um acampamento militarizado. Essa estrutura surgiu no Brasil, em meados do século XVI, e se popularizou depois do Quilombo dos Palmares.
O primeiro quilombo registrado, conforme afirma o historiador Flávio dos Santos Gomes, surgiu em 1575 na Bahia|3|. Na visão dos portugueses e colonos, os quilombos eram basicamente agrupamentos que reuniam escravos fugidos. Os quilombos mantinham relações comerciais importantes com outros quilombos e também com pessoas livres.
Resposta:
eram: formação de quilombos, fugas ou suicídios, magia, assassinatos e sequestros de senhores, paralisações, sabotagens e roubos. Também havia a capoeira, que era considerada uma forma de resistência, diferente do fenômeno urbano do século 19