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O Governo Collor, também denominado como Era Collor, foi um período da história política brasileira iniciado pela posse do presidente Fernando Collor de Mello, em 15 de março de 1990, e encerrado por sua renúncia da presidência, em 29 de dezembro de 1992. Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito pelo povo desde 1960, quando Jânio Quadros venceu a última eleição direta para presidente antes do início do Regime Militar. Seu afastamento em 2 de outubro de 1992 foi consequência da instauração de seu processo de impeachment no dia anterior,seguido por cassação.
collor é filho do empresário, jornalista e político alagoano já falecido, Arnon Farias de Mello, fundador do periódico Gazeta de Alagoas, que Collor chegou a dirigir nos anos 1970. Arnon foi partícipe de uma das cenas mais lamentáveis da história política do Brasil. Ele tentou matar a tiros, dentro do Senado Federal, outro senador, Silvestre Péricles, seu desafeto. Entretanto, os tiros acabaram vitimando outro congressista, o senador José Kairala.
Fernando Collor foi prefeito da capital de Alagoas entre os anos de 1979 e 1983, isto é, em pleno período de abertura democrática. Logo depois conseguiu eleger-se deputado federal pelo mesmo estado, mandato que exerceu entre os anos de 1983 e 1987. Mas já em 1986, ele deu início à sua campanha ao governo de Alagoas, valendo-se do Gazeta de Alagoas para criar uma imagem que lhe daria projeção nacional: a imagem do “caçador de marajás”.
“Marajás” era um termo pejorativo usado entre os alagoanos para descrever as pessoas que se beneficiavam da burocracia estatal, isto é, funcionários públicos nomeados por influência política, que tinham um gordo salário e quase nenhum trabalho a ser efetivamente executado. A condução de medidas contra a burocracia estatal e as tentativas de tornar a máquina pública mais ágil e eficiente projetaram nacionalmente Collor, o que levou à sua candidatura à presidência, em 1989.
Para concorrer às eleições diretas para a presidência, Collor emplacou sua candidatura pelo PRN (Partido da Reconstrução Nacional) e aliou-se à ala liberal e progressista da política brasileira da época, contra as candidaturas de esquerda, representadas, principalmente, pelos nomes de Leonel Brizola, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), e de Luís Inácio “Lula” da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT). Collor foi para o segundo turno com Lula e acabou vencendo com 53% dos votos contra 47% do adversário.