• Matéria: Geografia
  • Autor: clarinhaleal132007
  • Perguntado 3 anos atrás

faça um resumo de 100 linhas sobre Ruanda não pode fazer pesquisa na internet.
me ajudar pfv tenho que entregar amanhã....

Respostas

respondido por: angelagermano98
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Resposta:

Guerra Civil em Ruanda

Motivada pela disputa étnica entre hutus e tutsis, a Guerra Civil em Ruanda aconteceu entre 1990 e 1994 e ficou marcada pelo genocídio de 800 mil tutsis.

Memorial com os nomes das vítimas tutsis do genocídio ruandês de 1994*

Memorial com os nomes das vítimas tutsis do genocídio ruandês de 1994*

A Guerra Civil em Ruanda aconteceu entre 1990 e 1994, quando tropas de oposição formadas por tutsis e hutus moderados iniciaram ataques, a partir de campos de refugiados em Uganda, contra as tropas governamentais do presidente Juvénal Habyarimana, no poder desde 1973. O conflito em Ruanda teve desdobramentos graves, como o genocídio que, em cerca de 100 dias, foi responsável pela morte de 800 mil tutsis.

Domínio colonial em Ruanda e a rivalidade entre tutsis e hutus

Ruanda é um pequeno país da região centro-oriental do continente africano e historicamente foi habitado por diferentes etnias: hutus e tutsis formavam a maioria da população da região e os twa compunham uma minoria étnica. A rivalidade entre hutus e tutsis passou a ser construída a partir do século XVIII.

Tutsis e hutus eram as etnias majoritárias que habitavam Ruanda e, do ponto de vista cultural, possuíam uma série de similaridades, pois compartilhavam, em geral, as mesmas tradições e falavam o mesmo idioma (kinyaruanda). O início dessa rivalidade entre essas duas etnias remonta à formação do Reino de Ruanda, no século XVIII, quando os tutsis ocuparam cargos governamentais importantes e formaram quase que inteiramente a elite econômica do país.

A ampliação dessa hostilidade entre hutus e tutsis ocorreu no período neocolonialista, com os domínios alemão e belga. Os primeiros colonizadores europeus a estabelecerem-se na região foram os alemães, a partir da divisão territorial realizada na Conferência de Berlim. Os alemães exerceram seu domínio em parceria com os tutsis, concedendo-lhes uma série de privilégios na administração colonial.

Após a Primeira Guerra Mundial, a região foi entregue para os belgas, que ampliaram o abismo nas relações entre tutsis e hutus. Os colonizadores europeus justificavam os privilégios aos tutsis alegando que eles eram “naturalmente superiores”, de acordo com os princípios do darwinismo social em voga nesse período. Essa divisão étnica foi intensificada pelos belgas a partir da década de 1930, quando documentos de identificação passaram a ser emitidos com a informação da etnia de cada pessoa.

Com o processo de descolonização, o movimento independentista ganhou força com a adesão dos hutus, que exigiam um governo democrático liderado pela maioria hutu. Isso deu início à Revolução Ruandesa em 1959, que concluiu a transição do país para uma nação independente de caráter republicano e governada pelos hutus. Nesse período, foram registrados alguns ataques contra os tutsis, o que forçou milhares a refugiarem-se em países vizinhos, como Uganda.

Presidência de Juvénal Habyarimana e a Guerra Civil

Durante a década de 1970, um golpe de estado colocou Juvénal Habyarimana no poder de Ruanda. Habyarimana manteve a discriminação contra o tutsis, iniciada com o processo de independência, e organizou um governo extremamente corrupto e ditatorial. Seu governo sofreu grande enfraquecimento a partir de uma grave crise econômica, enfrentada pelo país na década de 1980.

À medida que o governo de Habyarimana enfraquecia-se, o discurso de poder dos hutus crescia impulsionado pelo Akazu, um grupo que passou a difundir um discurso de ódio exaltando os hutus e disseminando preconceito contra os tutsis. Posteriormente, o Akazu transformou-se no “Poder Hutu”, grupo liderado por Agathe Habyarimana, esposa do presidente. O membros desse grupo foram responsáveis diretos pelo genocídio em Ruanda.

A crise do governo de Habyarimana motivou grupos de refugiados tutsis a organizarem-se para tomar o poder em Ruanda. Assim, surgiu a Frente Patriótica de Ruanda (FPR), um grupo guerrilheiro que se organizou em campos de refugiados de ruandeses tutsis instalados em Uganda. O interesse da FPR era realizar a tomada do poder para permitir o retorno dos refugiados tutsis ao país.

Com o crescimento da tensão em Ruanda, a FPR iniciou o ataque contra as tropas governamentais de Habyarimana, marcando o início da guerra civil em 1990. Essa primeira fase do conflito estendeu-se até 1993, quando um cessar-fogo foi assinado entre as partes. Esse cessar-fogo garantia o retorno dos exilados tutsis e, além disso, propunha a criação de um exército composto tanto por tutsis quanto por hutus e a realização de eleições presidenciais no país.


clarinhaleal132007: obg :)
angelagermano98: foi nada.
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