• Matéria: História
  • Autor: souzaana0410
  • Perguntado 3 anos atrás

Quem eram os principais opositores do movimento abolicionista no Brasil?

a) a população negra e indígena

b) os imigrantes

c) os escravos libertos que lutaram na Guerra do Paraguai

d) Os grandes fazendeiros proprietários de escravos, entre eles os cafeicultores

Respostas

respondido por: consultoriaemp
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Resposta:

d) Os grandes fazendeiros proprietários de escravos, entre eles os cafeicultores

Explicação:

o nome de um dos maiores que era contrário a abolição dos escravos Á EXPLICADO

Quem foi Barão de Cotegipe e por que ele votou contra a abolição

Gravura do pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) retrata um mercado de escravos localizado na rua Valongo, no Rio de Janeiro - Reprodução

Gravura do pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) retrata um mercado de escravos localizado na rua Valongo, no Rio de Janeiro

Imagem: Reprodução

Edison Veiga

Colaboração para o TAB, de Bled (Eslovênia)

21/11/2020 04h00

Atualizada em 25/02/2021 13h11

Errata: este conteúdo foi atualizado

Pensando com a cabeça do século 21, soa absurdo imaginar que o Brasil foi o último país ocidental a libertar os escravos. Pensando com a cabeça do século 21, também soa absurdo imaginar que alguém não só votou contra a abolição como militou para que jamais houvesse uma lei acabando com o regime escravocrata no país.

Pois este sujeito existiu. João Maurício Wanderley (1815-1889), mais conhecido como Barão de Cotegipe, era conservador e defensor das causas dos latifundiários. Em sua agenda, portanto, estava a postura contrária ao movimento que crescia forte no Brasil de então: o abolicionismo.

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Filho de um oligarca rural, o Barão de Cotegipe construiu uma longa carreira política, tornando-se um dos principais nomes do Segundo Reinado. Foi juiz, deputado, chefe de polícia e, por mais de 30 anos, senador pela Província da Bahia. Comandou ministérios — das Relações Exteriores, da Fazenda e da Marinha. E presidiu o Banco do Brasil, que à época desempenhava algumas funções de Banco Central.

"O Barão de Cotegipe foi o mais fiel representante da classe senhorial. Até o último momento, achou que podia fazer seguir o plano emancipacionista; ou seja, fazer a escravidão acabar aos poucos, sem por em risco o poder dos senhores — e sob o controle do Estado monárquico. Não havia mais clima político para isso", comenta ao TAB a historiadora Wlamyra Albuquerque, professora da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e autora de "Um Jogo de Dissimulação: Abolição e Cidadania Negra no Brasil". "Embora grande parte da população negra já houvesse garantido a sua alforria, em 1888, o Brasil ocupava uma posição de incômodo, desconfortável, sob o ponto de vista internacional. Ao mesmo tempo, a pressão do movimento abolicionista somada à rebeldia dos escravizados — especialmente nas áreas cafeeiras — deixava evidente que o escravismo definhava."

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