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Ele se considerava um homem privilegiado. Herdara a estância de vastos campos e cabeças de gado e ovinos do avô, estando verdadeiramente rico com seus negócios. Casara-se com Rebeca, uma mulher linda e inteligente. Mas nada o fez tão feliz quanto o nascimento de Rafa, um bebê de olhos claros, prestes a completar um ano. Estava, verdadeiramente, realizado.
Foi quando, na caçada habitual das madrugadas de quinta para sexta com os amigos, algo mudou. Os campos estavam iluminados por uma imensa lua cheia. Eles procuravam predadores de animais, lobos, cães ferozes. Separou-se momentaneamente do grupo. Nesse momento, um vulto negro e feroz projetou-se sobre seu corpo. Era uma criatura imensa, feições lupinas, mas muito, muito maior e mais robusta. Babava. Rosnava raivosamente. Lutaram por alguns instantes, como dois homens. Homens? Algo que faria um vago sentido depois.
Acordou em casa de manhã, sem lembrar-se de muita coisa. Rebeca contou que os amigos o socorreram do ataque de um animal, talvez de um lobo. Estava com escoriações pelo corpo, arranhões e uma estranha mordida no ombro. Em sete dias tudo havia sumido.
Foi quando começou. Nas noites de lua cheia, a meia-noite, levantava da cama, desperto e faminto. Depois do seu ataque, instalara um sistema de alarmes e trancas computadorizado em sua bela casa. Não podia arriscar a integridade de sua família. Só ele e Rebeca sabiam a senha. Os massacres ao gado e às ovelhas sempre ocorriam nesses períodos de plenilúnio. Eram horrivelmente mutilados e tinham seu sangue sugado. Era inexplicável. Reforçou o número de peões na segurança.
Naquela noite Rebeca tinha um compromisso em Porto Alegre, mas iria voltar às 22h. Ele estava sozinho com Rafa, que brincava no berço, alegre. 23h. 23h30... Nada de Rebeca. Preocupado, ligou para a esposa. Ela explicou que estava em uma oficina mecânica. Algo grave acontecera com seu carro, ia demorar mais uma hora no mínimo para ficar pronto.
Meia-noite. Começou a sentir a fome. Com um resto de consciência, digitou o código no display de segurança para sair imediatamente de casa. O filho ainda não conseguia sair sozinho do berço.
Falha de código. Falha de código. O sistema passava por uma pane.
Antes da transformação, pôde ouvir a alegre risadinha de Rafa.
Explicação:
Eu que nn ia fazer
Autor: Sergio Vinicius Ricciardi
relaxa q tua profa nn vai perceber, mais o autor foi esse cara ai