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A população escrava era maior que a população livre e branca em diversos momentos do desenvolvimento da colônia. Negras e negros escravizados passaram a compor todas as esferas sociais, sendo o apoio dos senhores, as companheiras e cozinheiras das “sinhás”, as amas de leite das crianças fruto da elite, entregadores, vendedores, dentre outras atividades. Faziam parte da vida privada, guardavam segredos – até mesmo de movimentos revolucionários como Jancsó, bem destaca em seu texto, onde salienta os movimentos de Inconfidência desenvolvidos no decorrer do século XVIII. As formas que as negras e negros compunham os espaços de convivência social como a casa-grande.
Conforme esta autora na organização patriarcal do Brasil colonial, as mulheres – tanto brancas, como negras – eram vistas, nas diversas esferas da vida, como seres subordinados a figura masculina. De início a paterna (do parente masculino mais próximo no caso da falta do pai), e posteriormente do marido. As mulheres da elite ainda tinham privilégios dentro do sistema colonial, por conta de sua condição econômica privilegiada e por sua “raça”. Em alguns casos, já no final do século XVIII, algumas mulheres que moravam em regiões mais isoladas chegaram a administrar propriedades com independência. Essa situação era comum em casos de viuvez. Neste contexto, algumas restrições legais impostas pelo Estado não eram mais válidas para as mulheres.
As mulheres negras não tinham tanta sorte. Ainda no continente africano – onde as mulheres escravizadas tinham mais valor, pois eram vistas como “procriadoras” e mão de obra para a produção agrícola –, eram capturadas de suas aldeais e levadas para cativeiros. Muitas vezes esses locais eram invadidos por saqueadores que tinham o objetivo de capturar essas mulheres para transportá-las até a costa do Atlântico, onde eram vendidas para traficantes intercontinentais e embarcadas em navios negreiros.
As escravas sofriam em diversos âmbitos, pois eram os seres omitidos dentro de uma classe já considerada minoritária, a dos escravizados. As formas de trabalho variavam de acordo com a zona em que viviam. Na zona urbana, além dos cuidados com a casa, eram induzidas a vender alimentos e outros gêneros comerciais para gerar lucros para a família a que servia. Já no meio rural, trabalhavam nas roças de autoconsumo no cuidado com os alimentos, cuidavam dos animais, dos afazeres da casa-grande, e em alguns casos, se tornavam amas de leite, dentre outras atividades.
Explicação: Espero ter ajudado.