Foram necessários bilhões de anos, com uma complexidade e uma evolução irrepetíveis, para construir o patrimônio biológico de uma única espécie; nos próximos decênios, a intervenção do homem será responsável pelo desaparecimento de uma espécie viva a cada quarto de hora. Mas a cultura ecológica permanece à margem da política e da cultura oficial. No máximo toma-se posição, no discurso, a favor do meio ambiente, mas quando os problemas ambientais opõem-se às vantagens econômicas e à manutenção do emprego dentro da estrutura social existente, a tendência sempre é de minimizar a gravidade das consequências que recairão sobre as vidas futuras. O principal ponto a discutir hoje é o crescimento material sem limites nem objetivos. Para isso, é preciso rediscutir as relações de produção e trabalho, mas também o quê, como, onde, quando produzir etc.
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o crescimento desenfreado tem de ser reavaliado para decidirmos novas bases para nosso modo de vida.
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