• Matéria: Saúde
  • Autor: GreysATheCatchPrivaP
  • Perguntado 3 anos atrás

Sobre o lúpus eritematoso marque a alternativa verdadeira:

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. São reconhecidos 2 tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas e daí o nome lúpus eritematoso), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos. Por ser uma doença do sistema imunológico, que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, quando a pessoa tem LES ela pode ter diferentes tipos sintomas em vários locais do corpo.

Sobre o lúpus eritematoso marque a alternativa verdadeira:
a) LES e caracterizado como hipersensibilidade do tipo I, em que a ativação exacerbada de mastócito leva a alterações vasculares que são representadas por quadro de vasculites.
b) A presença de auto-anticorpos contra DNA leva à formação de imunocomplexos que podem se precipitar na parede dos vasos e nas articulações levando a um quadro de inflamação.
c) O tratamento do lúpus consiste na utilização de antiinflamatórios inibidores da síntese de prostaglandinas, a principal causa de alterações renais.
d) Devido à constante estimulação pelos auto-antígenos, pacientes com LES apresentam uma redução na população de linfócitos B e plasmócitos.
e) No lúpus a presença de problemas renais é muito raro, pois a resposta imune é orientada contra as células do indivíduo.

Respostas

respondido por: dezesseisluas
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Resposta:

Letra B

Explicação:

Letra A (incorreta): Lúpus Eritematoso Sistêmico, é uma hipersensibilidade do tipo 3, onde existe a formação de muitos imunocomplexos contra antígenos próprios que podem se depositar em glomérulos renais, vasos de pequeno calibre e iniciar uma reação inflamatória.

Letra B (CORRETA):  resultados mostraram a presença de imunocomplexos circulantes em 100% dos pacientes com LES em atividade da doença e em 86,66% dos pacientes com doença fora da fase de ativa, indicando a importância destes complexos no Lúpus. Estes achados são coerentes com pesquisas que concluem que imunocomplexos circulantes, durante condições patológicas, são formados em quantidades significativas e se depositam em rim ou outros locais, levando a danos teciduais. Entre os exames encontram-se: presença de crioglobulina; anticorpos antinucleares em 95% dos casos em atividade; anticorpos anti-DNA em 50% dos casos em atividade; anticorpos anti-histona ou anti complexo ácido desoxiribonucléico-histona em 70% dos pacientes; complemento sérico total, componentes C2, C3, C4 muitas vezes diminuídos e exames de atividade inflamatória alterados nas fases de atividade da doença, sendo considerados específicos achados de anticorpos anti-DNA de dupla hélice.

Letra C (incorreta): O uso da cloroquina (ou hidroxicloroquina) está indicado tanto para as formas mais leves quanto nas mais graves e deve ser mantido mesmo que a doença esteja sob controle (remissão), pois auxiliam na manutenção do controle do LES.

Letra D (incorreta): não ocorre redução na população de linfócitos B e plasmócitos.

Letra E (incorreta): A presença de problemas renais no lúpus é sim comum. O acometimento renal é frequente em pacientes com lúpus e, em geral, corresponde a uma glomerulonefrite, que pode apresentar-se das formas mais variadas, indo desde alterações urinárias mínimas (hematúria e/ou proteinúria pequena) até insuficiência renal.

Sem dúvida um dos pontos de maior interesse em relação ao problema renal no lúpus é o tratamento. As drogas mais utilizadas com esse fim são: prednisona (por via oral), azatioprina (por via oral), metilprednisolona (por via endovenosa) e ciclofosfamida (por via oral e por via endovenosa). Essas duas últimas medicações são bastante empregadas sob a forma de “pulsoterapias” por via endovenosa.

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