Categoria: Autor: 4º Bim - Língua Portuguesa - Morte e vida severina (3ª série) Considerar indícios de valores presentes na contemporaneidade manifestos na tessitura de um texto. — O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia. Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta. E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte Severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte Severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar alguns roçado da cinza. Mas, para que me conheçam melhor Vossas Senhorias e melhor possam seguir a história de minha vida, passo a ser o Severino que em vossa presença emigra. Nesse fragmento, parte de um auto de Natal, o poeta retrata uma situação marcada pela.
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A contemporaneidade presente neste texto é a de que muitas pessoas não aproveitam o seu presente e o momento no qual estão vivendo, sem enxergar o lado bom da vida.
Os elementos que podem ser considerados para que o poema "Morte e vida severina" seja classificado como um poema narrativo são os aspectos contados sobre os Severinos, desde as suas características até a morte.
De acordo com o texto, os Severinos basicamente possuem tudo igual nas suas vidas.
O poema em questão faz alusão ao estilo de vida "severina", que é o tipo de morte em que se morre antes dos trinta anos, ou seja, o tipo de vida pelo qual alguém viveu e não aproveitou em nada.
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