• Matéria: Filosofia
  • Autor: ANA623025
  • Perguntado 3 anos atrás

A partir da definição aristotélica de filosofia primeira enquanto ciência do ente enquanto ente (ἐπιστήμη: epistême), o filósofo Descartes submete a metafísica a um processo de dúvida hiperbólica de modo a preparar o terreno para a obtenção do cogito, traduzido no parágrafo quatro da Segunda Meditação Metafísica: “eu sou, eu existo enquanto penso”. Sobre o argumento do erro dos sentidos, seria correto afirmar: *
A) A falibilidade dos sentidos viabiliza uma fonte segura que corresponda objetivamente a relação entre sujeito e objeto, desestabilizando todo juízo de percepção: “notei que os sentidos às vezes enganam e é prudente nunca confiar completamente nos que, seja uma vez, nos enganaram” (DESCARTES, R. 1999, p. 17).
B) Apesar do objeto do entendimento ser crivado pela dúvida, isso não acarreta a eliminação do corpo enquanto a capacidade sensorial: “qual a razão para que possa negar essas próprias mãos e todo esse meu corpo?” (DESCARTES, R. 1999, p. 17).
C) A falibilidade dos sentidos viabiliza uma fonte segura que corresponda subjetivamente a relação entre sujeito e objeto, desestabilizando todo juízo de percepção: “notei que os sentidos às vezes enganam e é prudente nunca confiar completamente nos que, seja uma vez, nos enganaram” (DESCARTES, R. 1999, p. 17).
D) Apesar do objeto dos sentidos serem crivados pela dúvida, isso não acarreta a eliminação do corpo enquanto a capacidade sensorial: “qual a razão para que possa negar essas próprias mãos e todo esse meu corpo?” (DESCARTES, R. 1999, p. 17).

Respostas

respondido por: BrenoSousaOliveira
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Resposta:

Resposta correta é a letra B

Explicação:

Para Descartes o nosso conhecimento acontece por meio da nossa razão. Na filosofia medieval todo conhecimento estava subordinado a fé, onde o homem tinha uma iluminação Divina para conhecer verdades outrora ocultas.

Descartes rompe com essa ideia e parte do pressuposto de que todo conhecimento acontece por meio do uso da razão.

Nesse sentido o nosso conhecimento se dava pela contemplação do mundo externo a nós, ou seja, existe um sujeito (O observador) e também o objeto (O observado). Nessa relação entre o sujeito e o objeto o homem passa a conhecer o mundo.

Embora os nossos sentidos não fossem como um todo confiáveis, ele não descartava a ideia de sua própria existência, ou seja, para que ele pudesse conhecer o mundo era preciso que existisse como ente pensante.

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