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Tudo e todos são máquinas
Trata-se de um processo de unificação ao qual não se subtraem sequer aquelas realidades tradicionalmente reservadas a outras ciências, como a vida e os organismos animais.
Tanto o corpo como os organismos animais são máquinas e, portanto, funcionam com base em princípios mecânicos que regulam seus movimentos e suas relações. Em contraste com a teoria aristotélica das almas, exclui-se todo princípio vital (vegetativo e sensório) do mundo vegetal e animal. Também nesse caso o que importa é a mudança do quadro sistemático, porque daí em diante também o corpo e qualquer outro organismo serão objeto de análise científica no quadro dos princípios do mecanicismo.
Os animais e o corpo humano nada mais são do que máquinas, “autômatos”, como os define Descartes, ou “miquinas semoventes” mais ou menos complicadas, semelhantes à “relógios, compostos simplesmente de rodas e molas, que podem contar as horas e medir o tempo”.
E as numerosíssimas operações dos animais? Aquilo que chamamos de “vida” é redutivel a uma espécie de entidade material, isto é, a elementos sutilíssimos e puríssimos, que, levados do coração ao cérebro por meio do sangue, se difundem por todo o corpo e presidem às principais funções do organismo.
Daí a exaltação da teoria da circulação do sangue proposta por Harvey, seu contemporâneo, que publicou seu famoso ensaio sobre o Movimento do coração em 1627.
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