Question

Duas razões para o pioneirismo português nas grandes navegações

Answer 1

O pioneirismo português nas Grandes Navegações se deve a um conjunto de fatores.
  Em primeiro lugar, é imprescindível citar que Portugal consolidou seu estado centralizado bem antes dos primeiros países europeus, de forma mais rápida e menos dolorosa. Não só foi o primeiro Estado Nacional da Europa (estabilizou-se no século XII), também foi o primeiro a unir a burguesia e o rei e formar um Estado Centralizado nunca antes visto: foi a famosa Revolução de Avis, no século XIV.
  Também igualmente importante é reparar na posição geográfica do país: na "boca" do atlântico, porta de entrada da Europa. Portugal desenvolveu desde cedo uma relação muito intensa com o mar e o comércio marítimo, sobretudo quando o comércio entre o Mar Mediterrâneo e o Mar do Norte através da França foi Interrompido e Portugal passou a ser o principal intermediador dessas regiões. As principais rotas de comércio da Europa passavam por Porto e Lisboa! Isso permitiu a Portugal um grande acúmulo de capitais, que consolidou a nação como Maior potência da Europa durante o século XV e parte do XVI. 
 Como consequência disso tudo, Portugal reunía vários estudiosos da navegação. Fundou-se a Escola de Sagres, a mais qualificada escola naval da Europa. Hoje em dia, seria como se fosse um MIT da vida. Assim, eles tinham a faca, o queijo e a goiabada na mão: com dinheiro, conhecimento e estado consolidado, Portugal era, naturalmente, o Estado que primeiro iniciaria as Grandes Navegações.
  
 É isso, escola a melhor parte do que escrevi. Coloquei tudo isso porque esses fatores estão muito interligados, mas se tiver que colocar só dois e muito resumido, falaria da consolidação precoce de um Estado centralizado e da avançada tecnologia portuguesa nos instrumentos marítimos.