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A simbologia do Natal é exatamente o “dar início”. Para os cristãos, representa o nascimento de Jesus Cristo e o cultivo da fraternidade, alegria, harmonia, união e amor. Iniciar, portanto, o novo ano com este espírito é o grande sentido do Natal.
O problema é que a data acabou tendo seu significado deturpado em função do vazio sentimental cada vez mais aparente nas famílias de hoje. A reflexão, na maioria das vezes, envolve puramente o aspecto material da vida, quando deveria vir coberta do espiritualismo que a data nos proporciona.
Quando se fala em Natal, quase que como sinônimo se lembra de família. E é exatamente aqui que as coisas mudaram. São invejáveis, pois cada vez mais raras aquelas famílias que, mesmo separadas pela distância e correria do dia a dia, se esforçam para se reunirem na noite de Natal e, regados a muitos abraços, celebrarem, de fato, o que a data representa.
Passam-se os anos e os pretextos são sempre os mesmos: distância, dinheiro, presentes, incompatibilidades. Tudo isso provoca, constantemente, grande tensão entre os diversos membros das famílias. Separam-nas. Os membros familiares já não fazem questão da união, são sugados por [Res]sentimentos muitas vezes insignificantes diante da magia do Natal.
Se a sua vida estão tão acelerada que se torna impossível a reflexão sobre o significado da família e da união entre seus membros, é hora de desacelerar. Os avós que moram tão longe podem não estar mais aqui para recebê-los no próximo ano.
Então, o momento é principalmente de reflexão sobre como as relações familiares estão acontecendo, sobre as atitudes de cada um que compõe a família. São das partes que se forma o todo. É preciso julgar a parcela de “culpa” de cada um na tentativa de estabelecer um contexto em que o Natal passe a ser mais do que mera troca de presentes ou festa da comilança.
É necessário parar de esperar que os outros mudem, afinal o amor que você recebe é aquele que você oferece.
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