alguém faz uma redação pra mim com o tema: "O Brasil tem responsabilidade sobre a questão climática mundial?" pfvvvvvvvv :((
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Em entrevista exclusiva, por email, Kerry se diz disposto a negociar com o presidente Jair Bolsonaro, sem discutir sanções, mas reforça que a credibilidade do líder brasileiro, conhecido por sua política ambiental negligente, vai ser pavimentada sobre ações e resultados imediatos, além da exigência de uma "redução significativa" do desmatamento ainda em 2021.
"O Brasil é uma das dez maiores economias do mundo e líder regional, o país tem a responsabilidade de liderar", diz Kerry.
Chamado de czar do clima de Biden, o ex-secretário de Estado americano afirma que os EUA vão acompanhar de perto as medidas tomadas pelo governo brasileiro para cumprir as promessas feitas por Bolsonaro durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, convocada por Biden em abril. "As palavras devem ser apoiadas pela ação concreta a curto prazo", afirma o americano.
Em seu discurso no mês passado, Bolsonaro prometeu dobrar os recursos para fiscalização ambiental, antecipou em dez anos a meta para alcançar a neutralidade climática, agora para 2050, e se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2030, o que já estava previsto no Acordo de Paris.
Um dia depois, porém, oficializou um corte de quase R$ 240 milhões no orçamento do Ministério do Meio Ambiente, o que alarmou Kerry. O americano diz que o governo brasileiro garantiu diretamente a ele que haverá uma recomposição dos recursos, mas espera confirmar a veracidade da promessa.
Questionado sobre a possibilidade de confiar em Bolsonaro, que já ameaçou usar "pólvora" contra os EUA "quando acaba a saliva", sinalizou que não compra a ideia de que o líder brasileiro mudou completamente de postura. "No Brasil, ações e resultados mostrarão a credibilidade dos compromissos."
A complacência com Bolsonaro interessa a Biden, que tenta se consolidar como líder em uma nova configuração geopolítica mundial, ditada pelo clima. Nesse cenário, Kerry sabe que o Brasil é personagem-chave, com 60% da floresta amazônica em seu território, assim como a China, principal emissora de poluentes e grande rival política americana.
É vital envolver povos indígenas e comunidades tradicionais para proteger áreas florestais e de biodiversidade, e concordo com o reconhecimento de Bolsonaro de que todos ---países, empresas, entidades e pessoas--- devem estar envolvidos para ajudar a encontrar soluções. Os anúncios do presidente Bolsonaro foram um passo importante, e agora vamos acompanhar como o Brasil toma medidas para implementar esses compromissos e fazer o que pudermos para apoiar esse processo.
Como em todos os países, as palavras devem ser apoiadas pela ação concreta a curto prazo. Todos nós precisamos tomar medidas ambiciosas agora para alcançar nossas metas até o final deste ano, até 2030, e até 2050. Se quisermos resolver a crise climática, precisaremos de um esforço global e de toda a sociedade, e isso inclui o setor privado. Esta é uma crise urgente, mas também é uma oportunidade econômica incrível. Encorajo os líderes empresariais brasileiros a pensar o que mais eles podem fazer que seria bom tanto para o mundo quanto para o lucro deles.
Em seu discurso, Bolsonaro disse que dobraria os recursos para fiscalização ambiental, mas um dia depois, cortou o orçamento de órgãos e programas relacionados às mudanças climáticas e à conservação ambiental. Como o governo dos EUA vê essa ação? O governo brasileiro nos garante que está discutindo o orçamento internamente e que encontrará recursos para cumprir os compromissos. Como outros, vamos procurar confirmação de que esse compromisso foi cumprido.
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