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“Pedro Alvares Cabral não tinha ordem de procurar um caminho para a Índia pelo Ocidente”, ressalta o historiador português José Manuel Garcia, autor do livro Pedro Álvares Cabral e a primeira viagem aos quatro cantos do mundo. “Ele não queria ir para o Ocidente, apenas verificar se haveria terras que ele pudessem pertencer a Portugal, conforme o Tratado de Tordesilhas [1494]. Ele não poderia ir mais para o ocidente porque essas terras pertenciam aos espanhóis”, ressalta o autor descartando hipótese de acaso para o “achamento” do Brasil.
A ordem era desviar ao ocidente, voltar para costa africana e contornar o continente para alcançar o Oceano Índico. “Essa viagem não acontece por acaso. Tanto que eles dizem que há um 'achamento' como quem comprova alguma coisa que já se espera encontrar”, acrescenta Fátima Ramos, responsável pelo departamento arquivístico e aquisições da Torre do Tombo, onde são guardados documentos da corte portuguesa, entre eles os originais da carta de Pero Vaz Caminha. Segundo ela, “trata-se de confirmar uma coisa que se previa”.
A presença de grandes navegadores também é indicativa da importância da jornada e esvazia a ideia de acaso que resultou no encontro das terras que viriam a ser do Brasil. Cabral era capitão-mor de uma expedição formada por experientes navegadores como Bartolomeu Dias (que dobrou o Cabo da Boa Esperança; 1488) e Nicolau Coelho (que viajou com Vasco da Gama na primeira viagem portuguesa a Índia; 1498).
Além desses, também fazia parte da expedição o navegador, cosmógrafo e guerreiro Duarte Pacheco Pereira. De acordo com o livro A Construção do Brasil, do historiador português Jorge Couto, Pereira esteve antes de Cabral no Brasil. Em 1498, ele percorreu um trecho da costa que hoje vai do Pará ao Maranhão; em missão confidencial para verificar a existência de terras na parte portuguesa do Tratado de Tordesilhas. O navegador que participou das negociações do tratado descreve a viagem em um manuscrito (Esmeraldo de situ orbis) que assina na primeira década de 1500.
A ordem era desviar ao ocidente, voltar para costa africana e contornar o continente para alcançar o Oceano Índico. “Essa viagem não acontece por acaso. Tanto que eles dizem que há um 'achamento' como quem comprova alguma coisa que já se espera encontrar”, acrescenta Fátima Ramos, responsável pelo departamento arquivístico e aquisições da Torre do Tombo, onde são guardados documentos da corte portuguesa, entre eles os originais da carta de Pero Vaz Caminha. Segundo ela, “trata-se de confirmar uma coisa que se previa”.
A presença de grandes navegadores também é indicativa da importância da jornada e esvazia a ideia de acaso que resultou no encontro das terras que viriam a ser do Brasil. Cabral era capitão-mor de uma expedição formada por experientes navegadores como Bartolomeu Dias (que dobrou o Cabo da Boa Esperança; 1488) e Nicolau Coelho (que viajou com Vasco da Gama na primeira viagem portuguesa a Índia; 1498).
Além desses, também fazia parte da expedição o navegador, cosmógrafo e guerreiro Duarte Pacheco Pereira. De acordo com o livro A Construção do Brasil, do historiador português Jorge Couto, Pereira esteve antes de Cabral no Brasil. Em 1498, ele percorreu um trecho da costa que hoje vai do Pará ao Maranhão; em missão confidencial para verificar a existência de terras na parte portuguesa do Tratado de Tordesilhas. O navegador que participou das negociações do tratado descreve a viagem em um manuscrito (Esmeraldo de situ orbis) que assina na primeira década de 1500.
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