1. O texto que você leu é uma crônica, isso se justifica porque ela apresenta uma linguagem simples e espontânea, como também: a) narração de situações cotidianas sob uma ótica individual do autor. b) linguagem poética e hiperbólica, demonstrando emoções coletivas. c) informa sobre fatos históricos, mostrando dados importantes de Marataízes. d) discorre sobre um tema e apresenta características subjetivas da praia
Respostas
Explicação: podia ter botado o texto mas tudo bem
O texto em questão se trata de uma crônica pelo seguinte motivo:
a) narração de situações cotidianas sob uma ótica individual do autor.
Elementos gerais da crônica
O texto "Praia" do autor Rubem Braga é um tipo de crônica, porque este conteúdo conta com o ponto de vista do autor ao estar no litoral de alguma cidade, apenas contemplando o visual das praias.
A crônica é um tipo de gênero textual na qual são abordados acontecimentos do cotidiano.
O estilo de narrativa apresentado em uma crônica pode ser tanto na terceira pessoa quanto em primeira pessoa do singular. O texto de uma crônica geralmente é curto e escrito em prosa.
Veja o texto completo aqui:
Acordo cedo e vejo o mar se espreguiçando; o sol acabou de nascer. Vou para a praia; é bom chegar a esta hora em que a areia que o mar lavou ainda está limpinha, sem marca de nenhum pé. A manhã está nítida no ar leve; dou um mergulho e essa água salgada me faz bem, limpa de todas as coisas da noite.
Era assim, pelas seis e meia, sete horas que a gente ia para a praia em Marataízes. Naquele tempo, diziam que era bom para a saúde; não sei se ainda dizem. Para mim, tem um sabor tão antigo e todo novo, essa praia bem de manhã. Para um lado e outro diviso apenas dois ou três vultos distantes. Por que não vem mais gente à praia? Muita gente, é claro, tem de estar na cidade cedo; mas há um número imenso de funcionários e pessoas de muitas profissões que nesta cidade onde se dorme tão cedo parece ter algum preconceito contra acordar cedo. Basta olhar qualquer edifício de Copacabana e Ipanema; às dez horas começam a se apagar as luzes, e meia hora depois da última sessão de cinema há edifícios inteiros completamente às escuras. O grosso da população ressona. provincianamente às onze horas. Mas para vir à praia todo mundo parece ter medo de ser provinciano.
O leve calor do sol me reconforta. Chega uma senhora gorda com dois meninos e duas meninas. Senta-se no raso, e as duas crianças menores sobem pelos seus ombros e sua cabeça, chutam água e espuma, todos se riem na maior felicidade. Suas roupas de banho não são elegantes; devem ser como eu, gente do interior. Aparece depois um rapaz; mas é um atleta. Faz alguns minutos de ginástica, dá um mergulho, volta a fazer exercícios com a maior eficiência. Esse não é de nossa raça, os vagabundos matinais. Está ali a negócios: negócios de saúde ou atletismo, em todo caso, negócio.
Eu, a senhora e as quatro crianças nos entendemos. Levo duas crianças um pouco mar a dentro, para receberem algumas lambadas de onda. Dão gritos, dão risadas, sentem medo, sentem coragem. Somos gente do interior e somos, seguramente, boa gente.
Veja mais sobre as crônicas em: brainly.com.br/tarefa/29592032
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