Arvore um casal parado à beira da estrada observando uma árvore. A mulher com as mãos na cintura, ele olhando para a copa da árvore, procurando algo com avidez. E depois? não sei, foi apenas essa cena que foi formada quando passo de carro por aquele ponto da estrada. A continuidade das paisagens formadas, basicamente, por mato, árvores e vacas é quebrada por aquele casal. Estariam eles procurando frutas na árvore? aquela era uma árvore frutífera? ou queriam ver algum animal que ali estava? dois biólogos conversando sobre a espécie da árvore? desconhecer os passos que levaram para aquela cena faz a cabeça viajar. Como a vida daqueles desconhecidos os levou até aquele momento? esse sentimento segue por toda a viagem. [. ] viajar transporta nossas mentes para todos os lugares e todas as situações que observamos. Quando não há nada para ver, leva-nos às nossas próprias situações, ao que já vivemos e o que já fizemos. Ainda que seja bonito observar a paisagem, frequentemente não estamos ali. Planando entre uma memória e outra, percorrendo as vielas dos acontecimentos passados, viajar traz uma enorme oportunidade de refletir sobre (surpresa!) o caminho que passamos e o que ainda percorreremos. Por isso o caminho é muito mais importante que o destino. Perceber as sutilezas das curvas, a paisagem que te cerca, saber quando acelerar ou frear e, também, reparar nas pessoas pelas quais você passa é a melhor experiência que terá quando viajar. Ou quando aplicar tudo isso na própria vida. Júnior, josé augusto. Arvore. In: ______. Algumas crônicas sobre várias coisas. Editora phoculos, 2ª ed. 2016. Fragmento. Infere-se desse texto que o carro do casal estragou na estrada. O casal tem o costume de colher frutos em árvores. O narrador dirige de maneira imprudente. O narrador gosta de fazer amizade com desconhecidos. O narrador pensa em seu passado durante suas viagens
Respostas
Infere-se desse texto que:
O narrador pensa em seu passado durante suas viagens.
Interpretação de texto
O texto se inicia com a descrição da cena vista pelo narrador: um casal parado na beira da estrada para observar uma árvore.
O narrador começa a fazer suposições sobre o casal, deixando sua mente "viajar", sendo transportado para as situações que ele mesmo já vivera ("viajar transporta nossas mentes para todos os lugares e todas as situações que observamos").
Ele chega à conclusão de que, quando observamos uma paisagem durante a viagem, não estamos de fato ali, mas estamos "planando entre uma memória e outra, percorrendo as vielas dos acontecimentos passados". Durante as viagens que faz, o narrador acaba refletindo sobre seu passado.
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