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Mas podemos dizer que a desconcentração industrial do Brasil passou a acontecer, de fato, a partir da década de 1990, quando a maior presença de infraestruturas (comunicação e meios de transporte) nas áreas anteriormente marginalizadas passou a apresentar um maior efeito.
Outro peso muito importante para isso foi a difusão da “Guerra Fiscal”, em que os estados e municípios passaram a competir pela atração de empresas por meio do fornecimento de incentivos fiscais, traduzidos em isenção de impostos e outras condições, como fornecimento de terrenos em posições estratégicas e formações dos polos industriais ou tecnopolos. Além disso, as grandes indústrias migraram em busca de mão de obra mais barata e sindicalmente desorganizada a fim de reduzir os custos e elevar os lucros.
Atualmente, existe uma migração, mesmo que gradativa, das grandes companhias em direção às áreas interioranas dos estados e, principalmente, às chamadas Cidades Médias. Com a evolução das técnicas e dos meios de transporte e comunicação, a tendência atual é a formação de regiões especializadas em setores produtivos específicos, como o farmoquímico, o automobilístico, o alimentício, o industrial de base, entre muitos outros. Existe, com isso, uma série de fatores locacionais que deve ser atendida pelos governos regionais e municipais para a atração do maior número de empresas, geração de empregos e dinamização da economia
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