Você faz parte de uma equipe de atenção da Saúde da Mulher e atende uma jovem de 20 anos, que nunca realizou coleta de Papanicolau. Ela refere que sua primeira menstru4ção aconteceu aos 16 anos e que, desde os 18, tem relações sexu4is com o mesmo namorado sem cam1sinha. Diz que esporadicamente vem tendo c0rrimentos e que às vezes tem um pouco de sangramento fora do período menstrual. Ao ser questionada se tem d0r durante a rel4ção sexu4l, ela responde que sim.
Ao exame físico, apresenta dor pélvica ao exame de toque v4ginal. Ao exame especular, apresenta um pólipo em colo cervical.
Com base nas informações acima, para auxiliar a paciente a compreender seu caso clínico, responda:
1 - Qual o possível diagnóstico da paciente?
2 - Quais as possíveis causas desse diagnóstico?
3 - Cite os possíveis tratamentos.
4 - Existem medidas de prevenção ou testes que poderiam ter sido realizados pela paciente? Quais?
Respostas
Resposta:
Explicação:
1 - Existe a possibilidade da paciente apresentar um quadro de câncer de colo do útero, que acomete cada vez mais mulheres no mundo, principalmente as jovens. Porém, ele pode ser detectado e tratado, sendo que, em estágios iniciais, as células são facilmente identificadas no microscópio.
2 - 70% dos casos da doença podem ser ligados à infecção por 2 dos mais de 100 tipos de papilomavírus humano (HPV tipos 16 e 18).
3 - Os tratamentos para este tipo de câncer, que variam de acordo com a sua fase de desenvolvimento, podem incluir radioterapia, quimioterapia e cirurgia.
4 - Medidas de prevenção já estão disponíveis para proteção contra o desenvolvimento deste tipo de câncer. Já existe uma vacina, a Gardasil, que foi desenvolvida para imunizar mulheres contra os tipos 16 e 18 de HPV, bem como contra outros dois tipos (6 e 11), que estão ligados a 90% dos casos de verrugas genitais.
O teste de diagnóstico chamado esfregaço de Papanicolau (esfregaço Pap) é um método que obtém uma amostra de células epiteliais do colo do útero e da parede vaginal; essas células são esfregadas em uma lâmina de vidro e depois coradas e examinadas ao microscópio para detecção de sinais de câncer. O sistema Bethesda é o mais utilizado para a classificação das anomalias do epitélio pavimentoso e do epitélio glandular cérvico-vaginal.