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Resposta:
Durante a primeira metade do século XX o mundo testemunhou o quão baixo a humanidade pode chegar. O nazismo, o holocausto, dentre várias outras atrocidades cometidas, justamente no século de avanços científicos nunca antes vistos, serviu para se ter uma ideia do quanto estamos longe de ser uma espécie pacífica. Sobre tal temática, a filósofa judia Hannah Arendt desenvolveu o conceito de "banalidade do mal", tentando buscar uma forma de explicar a falta de empatia que fez com que pessoas cometessem tal atrocidades. Nesse sentido, segundo Arendt o mal se tornou algo banal na sociedade capitalista, uma vez que o mal não tem profundidade igual ao "bem". Dessa forma, fazer algo "mal", dentro de um determinado contexto, pode ser visto como algo normal e as pessoas que o fazem não por "serem do mal", mas porque buscam se elevar socialmente. Por exemplo, dentro do contexto da Alemanha Nazista o extermínio de judeus, ciganos, negros e homosexuais, era algo institucionalizado, legal perante a lei e, no livro em que Hannah faz essa reflexão (o julgamento de Eichmann), ela mostra como os alemães, encarregados de puxar a alavanca e matar centenas de pessoas, não só não sentiam nenhuma espécie de remoço como também sentiam que estavam cumprindo a lei e cumprindo sua tarefa rotineira. Sem reflexão, sem senso crítico o mal se torna uma coisa comum e as pessoas nem se dão conta. Outro exemplo, o desmatamento na Amazônia, as pessoas que desmatam, muitas vezes, são pessoas comuns com pouca escolaridade que estão buscando uma forma de subsistência, não se dão conta que estão fazendo mal para o planeta e para elas mesma. Mal banal!. Nesse sentido, pessoas se tornam agentes passivos para o mal e isso pode se extender de infinitas maneiras.
Explicação:
Espero ter dado um pouco de elucidação nesse assunto. Porém, vale sempre e atrás de mais conhecimento sobre o assunto!.