Sou um homem doente… Sou mau. Não tenho atrativos. Acho que sofro do fígado. Aliás, não entendo bulhufas da minha doença e não sei com certeza o que é que me dói. Não me trato, nunca me tratei, embora respeite os médicos e a medicina. Além de tudo, sou supersticioso ao extremo; bem, o bastante para respeitar a medicina. (Tenho instrução suficiente para não ser supersticioso, mas sou.) Não, senhores, se não quero me tratar é de raiva. Isso os senhores provavelmente não compreendem. Que assim seja, mas eu compreendo.
a) A personagem do livro de Dostoiévski adota uma postura radicalmente contrária à filosófica. Com base no texto, Explique a subversão operado pelo personagem na relação com o conhecimento, justificando por que seu discurso se opõe à prática filosófica.
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