• Matéria: Português
  • Autor: wittnaassis
  • Perguntado 3 anos atrás

Crítica sobre a guerra na Ucrânia

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respondido por: sakuraromao
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Resposta:

O silêncio, também adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), tem motivo, segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil: a ala mais radicalizada da direita brasileira está dividida nesse conflito, pois parte dela flerta com a direita ucraniana, enquanto outra admira Putin e a direita russa.

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Na dúvida, ideólogos e influenciadores têm preferido não tratar do assunto nas redes. Ou, para não correr riscos, batem no presidente americano Joe Biden, considerado um inimigo comum, por ser entendido como um símbolo da "elite globalista" combatida por essa direita.

À esquerda, alguns partidos e dirigentes partidários culpam a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar formada por 30 Estados, entre eles EUA, Reino Unido, França e Alemanha) e os Estados Unidos pela crise, gerando críticas acaloradas nas redes.

Explicação:

Direita dividida: 'Ucranizar o Brasil'

David Magalhães, professor de relações internacionais na PUC-SP e coordenador do Observatório da Extrema Direita, explica a divisão da direita bolsonarista brasileira nessa guerra.

"De um lado, tem uma parte da extrema direita que, desde 2013, 2014, se inspira na extrema direita ucraniana e tudo que aconteceu na Ucrânia no contexto do que eles conhecem lá como Euromaidan", diz Magalhães.

Ele se refere às manifestações que aconteceram depois que o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovytch, decidiu abdicar da entrada do país na União Europeia, devido a pressões do presidente russo Vladimir Putin.

"Parte dessas manifestações foram muito violentas, perpetradas por organizações paramilitares de extrema direita, muitas das quais nasceram no contexto desses protestos, caso do Batalhão Azov e do Pravyi Sektor, duas organizações que têm bastante influência em grupos paramilitares e grupos brasileiros da extrema direita", observa.

Ele cita como exemplo o grupo 300, de Sara Winter, que sempre afirmou ter sido treinada na Ucrânia.

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