Texto 1 [...] o que é o capitalismo de vigilância? Ele é uma mutação do capitalismo comum, que utiliza uma quantidade incalculável de dados que os próprios usuários fornecem sem conhecimento a grandes empresas de tecnologia, e que transforma estes dados crus em um “produto final” lucrativo, tudo que couber na esfera comportamental humana pode e será utilizado de forma a gerar mais lucros para eles. O capitalismo de vigilância é uma nova vertente econômica, onde a produção de bens e serviços é depende do novo modelo global de alterações de comportamento, é a espoliação dos pilares dos direitos humanos. POTER, Giordano Bruno; SOUTO, Carla. Capitalismo de vigilância. Seminário de Tecnologia gestão e educação, v. 1, n. 2, p. 31-34, 2019. Texto 2 Suponha que você entre em uma reunião simulada em um escritório. No quadro, há três pinturas. Uma de Cildo Meirelles, uma de Tarsila do Amaral e uma de Jackson Pollock. O que seria possível dizer de uma pessoa que ignora Meirelles e Pollock e presta atenção em Tarsila, por alguns segundos antes da reunião começar? No metaverso, em tese, todas essas interações podem ser registradas, rotuladas, catalogadas, identificadas a certas preferências e proxies sobre desejos e comportamentos. ZANATTA, Rafael. Metaverso: entre a possibilidade de uma existência estendida e a escravidão algorítmica. In: A experiência humana sob outros horizontes. Revista do Instituto Humanistas Unisinos. Nº 550 | Ano XXI | 8/11/2021 Avalie as afirmativas abaixo, que refletem sobre a relação dos textos 1 e 2, considerando V para verdadeiro e F para falso. I. Nos textos 1 e 2, temos a evolução do sistema capitalista, de se aproveita da tecnologia para tornar sua um mecanismo de democratização, igualdade e fraternidade. II. O texto 1 demostra certo pessimismo no controle das empresas em monitorar nossas preferências nos ambientes digitais. Já o texto 2 exemplifica como no metaverso, este controle se torna mais pernicioso. III. O texto 2 não exemplifica o capitalismo de vigilância descrito no texto 1. Pois no metaverso, as transações financeiras acontecem por moedas digitais, assim não existe possibilidades de perdas financeiras no ambiente digital. IV. Os textos 1 e 2 dão sinais, de que, mesmo sendo o ambiente digital um espaço de liberdade, é preciso pensar em formas de controle jurídico, para que os dados dos usuários do metaverso não sejam usados de forma irresponsável pelas empresas. As afirmativas I, II, III e IV são respectivamente: Alternativas Alternativa 1: V, F, V, V. Alternativa 2: V, F, V, F. Alternativa 3: F, V, F, V. Alternativa 4: V, V, F, V. Alternativa 5: F, V, V, V.

Respostas

respondido por: barbaramultini16

Resposta:

F,V,F,V

Explicação:

I- o capitalismo não se aproveita da tecnologia como um mecanismo de democratização

II- o texto 2 exemplifica o controle pernicioso

III- há a possibilidade de perdas financeiras no digital

IV- é preciso formas de controle jurídico

respondido por: Alexv11

A alternativa correta acerca do capitalismo de vigilância e o metaverso é a alternativa 3, ou seja, F, V, F, V, segue abaixo a explicação sobre cada uma das alternativas:

I- É possível afirmar que o capitalismo não se utiliza da tecnologia como uma forma de estabelecer a democracia.

II- É possível afirmar que o texto 2 faz a exemplificação do controle pernicioso.

III- Também existem possibilidades de perdas no mundo digital.

IV- Podemos dizer que é necessário um controle jurídico.

Capitalismo de Vigilância

O capitalismo de vigilância pode ser uma transformação do capitalismo que emprega a quantidade imensurável de informações que os clientes dão sem custo às empresas inovadoras (como aquelas que possuem redes sociais e motores de aparência), transformando-o em tecido bruto e um item final profundamente lucrativo.

O método é bem conhecido: em sua navegação periódica, o cliente preenche a rede com bilhões de dados quase ele mesmo, tais como gostos (alimentação, música, filmes, vestido, viagens, etc.); sentimentos (medo de saltar de pára-quedas, alegria de adotar um gato, tensões, etc.); empreendimentos (comprar uma casa, comprar vestido, viagens, etc.); propensões online (observação de gravações na plataforma x, sintonia com podcasts no palco y, etc.) e propensões offline (atender ao trabalho de bicicleta, ser onívoro, visando ao teatro, etc.); posições políticas, sociais, devotas, e tudo mais que se enquadre dentro do círculo comportamental humano.