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Henrique é conhecido como o fundador da Igreja Anglicana. As suas lutas contra Roma conduziram à recusa da autoridade papal da igreja inglesa, à Dissolução dos Mosteiros e à sua auto-proclamação como Chefe Supremo da Igreja de Inglaterra. Ainda assim, continuou a acreditar nos principais ensinamentos católicos mesmo após sua excomunhão.[1] Henrique realizou a união legal da Inglaterra e Gales e os Atos das Leis em Gales de 1535 e 1542.
Em 1513, Henrique invadiu a França com um exército numeroso e bem equipado em aliança com Maximiliano I, Sacro Imperador Romano-Germânico. Porém, apesar do enorme custo financeiro esta operação foi um fracasso. Por outro lado, Maximiliano usou a invasão inglesa para seu próprio benefício, prejudicando a capacidade da Inglaterra de derrotar os franceses. Esse incidente marcou o início de uma obsessão de Henrique, que invadiu o país novamente em 1544. Desta vez, suas forças capturaram a importante cidade de Bolonha-sobre-o-Mar, porém o imperador Carlos V apoiou Henrique até onde julgava necessário e a Inglaterra, esgotada pelos custos da guerra, entregou a cidade de volta após pagamento de resgate.
Os seus contemporâneos, durante seu auge, consideraram-no atraente e cultivado, tendo sido já descrito como "um dos mais carismáticos reis a ocupar o trono de Inglaterra".[2] Além de reinar com autoridade, Henrique também escrevia e compunha. O seu desejo de ter um herdeiro varão – para consolidar a dinastia Tudor na frágil paz que se seguiu à Guerra das Rosas[3] – levou aos dois mais memoráveis aspectos do seu reinado: os seus seis casamentos e a Reforma Inglesa. Ele tornou-se obeso mórbido e com saúde fraca, o que contribuiu para sua morte em 1547. Ele é frequentemente caracterizado ao final de sua vida como concupiscente, egoísta, severo e inseguro.[4] Henrique VIII foi sucedido por seu filho Eduardo VI, fruto de seu casamento com Joana Seymour.