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Resposta:
A Partilha de África ou Partilha da África, também conhecida como a Corrida a África ou ainda Disputa pela África, foi a proliferação de reivindicações europeias conflitantes ao território africano durante o período do neoimperialismo, entre a década de 1880 e a Primeira Guerra Mundial em 1914
Explicação:
A África subsaariana, uma das últimas regiões do mundo ainda não afetada pelo "Imperialismo Formal" e a "civilização" tornou-se uma região atrativa para as potências europeias por razões econômicas e raciais. Durante uma época em que a balança comercial da Grã-Bretanha mostrava um déficit em seu crescimento, com os mercados continentais se encolhendo e, cada vez mais protecionistas devido a Longa Depressão, a África oferecia ao Reino Unido, Alemanha, França, entre outros países, um mercado aberto no qual se aproveitava o grande excedente de produção e um mercado que importa mais da metrópole do que exporta.
África e os mercados globais= Esboço do Canal de Suez realizado em 1881. O Canal era uma das grandes ambições europeias para ampliar seus mercados à nível global
Devido ao fato de o Reino Unido ter se desenvolvido como a nação mais importante da sociedade pós-industrial, os serviços se transformaram num setor da economia britânica. As exportações financeiras mantinham a economia do Reino Unido em pé, especialmente os investimentos de capital fora da Europa. Particularmente para o desenvolvimento de mercados abertos na África (predominantemente em assentamentos coloniais), Oriente Médio, sul e sudeste da Ásia e Oceania.
O conflito de imperialismos rivais
Enquanto Pierre de Brazza estava explorando o Reino do Congo para a França, Henry Stanley também o explorou durante o início de 1880 em nome de Leopoldo II da Bélgica, quem conquistaria seu próprio Estado livre do Congo. Ao pretender defender o humanitarismo e denunciar a escravidão, Leopoldo II usou das táticas mais desumanas para explorar suas conquistas recentes. Seus crimes foram descobertos em 1905, porém permaneceu sob as autoridades até 1908, quando foi obrigado a ceder o controle para o governo belga.
A Sociedade Americana de Colonização e a fundação da Libéria
A Sociedade Americana de Colonização, lançada em 1816 por Robert Finley, oferecia a emigração para a Libéria, uma colônia fundada em 1820 a alguns escravos emancipados; o escravo emancipado Lott Carey transformou-se no primeiro missionário americano na África. Esta tentativa de colonização foi resistida pelo povo nativo da região.[2][6]
Liderados pelos sulistas dos Estados Unidos, o primeiro presidente da Sociedade Americana de Colonização foi James Monroe da Virgínia, que seria depois o quinto presidente dos Estados Unidos de 1817 a 1825. Desta forma, um dos principais partidários da colonização na África foi o mesmo homem que proclamou, em seu "Discurso de Estado e União" de 1823, a opinião de que as potências europeias já não deveriam colonizar as Américas ou interferir nos assuntos relacionados às nações soberanas na América. Em troca, os Estados Unidos da América planejavam manter-se neutros nas guerras entre as potências europeias e/ou em guerras entre uma potência e sua colônia. Em contrapartida, caso essas guerras ocorressem nas Américas, os EUA veriam tal ação como hostil e tomariam uma atitude. Esse famoso estatuto é conhecido como Doutrina Monroe e foi a base de neutralidade dos EUA durante o século XIX.